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quinta-feira, 30 de julho de 2015

TRAGÉDIA, Sobrevivente da Boate Kiss morre em decorrência de problemas respiratórios

O incêndio ocorreu em janeiro de 2013 e resultou na morte de 242 jovens, a maioria por asfixia, e deixou outros 630 feridos
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 30/07/2015 18:36:02
  
Dois anos após o incêndio da Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, um dos sobreviventes morreu em decorrência de problemas respiratórios. Segundo a família da vítima, o jovem possuía problemas respiratórios que podem ter sido agravados pela fumaça tóxica do incêndio.
Segundo informações da Associação de Familiares das Vítimas e Sobreviventes (AVTSM), Uiliam da Silva Vieira, 27 anos, morreu a cerca de 40 dias, mas a família do jovem não quer falar sobre o assunto. “A mãe dele explicou que ele morreu, que participou do resgate de algumas vítimas ajudando muita gente a sair”, disse Sérgio Silva, presidente da associação.
(Foto: AFP)
Ainda por meio do AVTSM, a prefeitura confirmou que acompanha clinicamente os sobreviventes e que a morte de Uiliam será averiguada ver se ela de fato teve relação com o incêndio. O delegado Sandro Meiners, um dos responsáveis pelo caso, disse que a informaçõa da morte ainda não chegou à polícia e que uma perícia precisa ser feita para examinar as causas do óbito.
Relembre o caso
O incêndio na boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 resultando na morte de 242 jovens, a maioria por asfixia, e deixando outros 630 feridos.
O fogo foi causado durante uma apresentação pirotécnica, com sinalizadores, da banda Gurizada Fandangueira, espalhando-se rapidamente pela casa noturna, que tinha capacidade para 691 pessoas mas, no dia, havia mais de 800.
De acordo com a polícia, os principais fatores que contribuíram para a tragédia foram: espuma irregular para o isolamento acústico, uso de sinalizador em ambiente fechado, saída única, superlotação, falhas no extintor e exaustão de ar inadequada.
Dois processos criminais contra oito réus ainda estão em andamento, sendo quatro deles por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e tentativa de homicídio. Os outros quatros são processados por falso testemunho e fraude processual.
Entre os que respondem por homicídio doloso estão os sócios da boate, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o funcionário Luciano Bonilha Leão.

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