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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Avião cai em ocupação do MST e mata prefeito de cidade de Minas Gerais

Prefeito disputadava terra com MST. Advogado da vítima pede investigação sobre possível "abate criminoso" do avião
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 16/07/2015 08:48:22
  
A aeronave ficou completamente destruída após queda que matou prefeito. (Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales)
A aeronave ficou completamente destruída após 
queda que matou prefeito
(Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales)
O prefeito de Central de Minas (MG), Genil Mata da Cruz, de 39 anos, morreu após a queda da aeronave na qual sobrevoava uma fazenda de sua propriedade invadida por cerca de 300 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tumiritinga.
O funcionário que o acompanhava no monomotor, identificado como Douglas Silva, também morreu no acidente, que aconteceu nesta última terça-feira (14).
Segundo integrantes do MST, o avião do prefeito e outra aeronave estavam dando rasantes sobre o acampamento, jogando sacos plásticos carregados de combustível sobre as barracas onde as famílias estão acampadas há cerca de dez dias. A ação durou cerca de uma hora, até que o avião onde estava o prefeito perdeu o controle e caiu.
O outro avião teria deixado o local em seguida. O advogado do prefeito, Siranildes Eleotério Gomes, disse ao jornal Estado de Minas que o cliente estava sobrevoando o local para fazer fotos do terreno.
O advogado ainda afirmou que espera que a polícia apure se o avião foi “abatido de forma criminosa” pelos sem-terra. Os sem-terra acampados na fazenda disseram que vinham sendo vítimas de ataques desde a última sexta-feira, quando o local foi invadido por homens que usaram fogos de artifício contra o grupo.
prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz
Prefeito tinha 39 anos; funcionário que acompanhava o monomotor também morreu(Foto: Facebook/Reprodução)
Em nota, o MST informou que a ação deixou uma pessoa com queimaduras no corpo. Ainda segundo a nota, o prefeito se dizia dono da fazenda, mas não tinha nenhum documento que comprovasse a propriedade, impossibilitando uma possível ação de reintegração de posse. “Ao não poder despejar as famílias, Genil da Cruz disse que resolveria a situação à sua maneira”, informou o MST, que já havia registrado boletim de ocorrência na PM relatando as ameaças.
As causas do acidente estão sendo investigadas por uma equipe dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) do Rio de Janeiro (RJ). O velório dos corpos de Genil Mata da Cruz e de Douglas Silva começou na noite de ontem (15), e o enterro está previsto para acontecer às 10h desta quinta-feira (16). 

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