Pelo menos quatro homens armados chegaram em um Celta preto, invadiram o local e atiraram contra as mulheres
Cinco mulheres foram assassinadas a tiros em um prostíbulo da cidade de Itajá (a 206 km de Natal), na madrugada da quarta-feira (15). De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta da 1h, quando pelo menos quatro homens armados chegaram em um Celta preto, invadiram o local e atiraram contra as mulheres.
Todas foram baleadas na cabeça e os assassinos utilizaram armas de cano longo e de cano curto.Dois corpos foram encontrados em uma sala, outros dois na cozinha e a quinta vítima foi morta no banheiro de uma suíte. Não havia clientes no prostíbulo no momento do crime.
Patrícia Regina Nunes (dona do estabelecimento), Cássia Rayane Santiago Silva, Maria Daiane Batista e Antônia Francisca Bezerra Vicente são quatro das cinco vítimas (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
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Uma das vítimas foi identificada como Patrícia Regina Nunes, 37 anos, a dona do estabelecimento. As outras mulheres assassinadas foram Antônia Francisca Bezerra Vicente, Maria da Conceição Pedrosa, Maria Daiane Batista e Cássia Rayane Santiago Silva, de 17 anos.
Para o delegado Ernani Leite, titular da delegacia de Angicos, uma das unidades envolvidas na investigação, apenas Patrícia Nunes, dona do estabelecimento, seria alvo dos criminosos. Ela foi morta com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto.
Dessa forma, as outras teriam sido mortas como queima de arquivo. Ele informou que existem duas linhas de investigação no momento, mas afirmou que só divulgaria detalhes com o avanço das investigações. Os interrogatórios começaram ainda ontem com moradores da região.
No entanto, o delegado ressaltou a dificuldade de se conseguir informações sobre o crime, porque na comunidade onde aconteceu a chacina “impera a lei do silêncio”. Em nota, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do Rio Grande do Norte repudiou o crime e prestou solidariedade aos familiares das vítimas.
“Mulheres em situação de prostituição vivem num ambiente extremamente vulnerável e de estigma social. Pautar a construção de um novo ciclo de políticas públicas para as mulheres do Rio Grande do Norte passa por considerar todas as mulheres como sujeitas de direitos e esse tem sido e continuará sendo nosso desafio”, defendeu a secretaria no texto.
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