O professor e antropólogo morreu aos 61 anos nesta sexta-feira, de causas ainda não determinadas
O corpo do professor Roberto Albergaria será enterrado na manhã deste domingo no Cemitério Campo Santo, na Federação. A previsão é que o sepultamento aconteça a partir das 11h.
O professor e antropólogo morreu aos 61 anos nesta sexta-feira, de causas ainda não determinadas. Albergaria era professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ganhou popularidade por suas participações como comentarista de assuntos do cotidiano baiano na Rádio Metrópole, onde atuou por 15 anos.
(Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO)
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Inteligência Amigo há mais de três décadas, o antropólogo e fundador do grupo Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, resumiu Albergaria como a inteligência mais provocativa e excitante da Bahia. “Ele desconstruía mitos sobre baianidade e sobre a mitologia afro-brasileira. Era um defensor da absoluta liberdade erótica e sentimental, e um anarquista e liberal da Bahia”.Ele conta que Albergaria estava, nos últimos meses, sem receber visitas, inclusive, da amiga e historiadora Consuelo Pondé. “Antes de morrer, ela chegou a me pedir para eu tentar convencê-lo de ir visitá-lo, mas não consegui”.
Segundo Mott, o professor viveu com uma tia até uns 20 anos em um imóvel na região da Graça/Canela. “Com a morte da tia, ele vendeu o apartamento e comprou essa ampla casa, na Cidade Baixa, onde ele plantou diversas árvores”, lembra.
Era nessa residência, segundo Mott, que Albergaria tinha uma biblioteca, com uma coleção de dicionários com temas variados, além de obras de Maria Padilha, Pomba Gira e de Exu. O vizinho Sérgio também destaca sua paixão pelos livros, contando que ele tinha uma coleção de 16 mil títulos catalogados em seu lar. “Ele sabia de tudo um pouco”, relembra.
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