Médico caiu em desafio de São José de Anchieta, em junho de 2015.
Família acredita que irregularidade de competidor tenha provocado queda.
Imagens gravadas pela irmã da vítima mostram como foi o acidente com o médico que caiu no desafio de ciclismo, entre Vitória e Anchieta, no Sul Espírito Santo, e teve morte cerebral no dia 15 de junho.
De acordo com a família, acidente foi causado pela irregularidade de um competidor e as imagens foram encaminhadas para a polícia. A Federação Espírito Santense de Ciclismo foi procurada, mas as ligações não foram atendidas pelo presidente Sandro de Oliveira.
O ortopedista Christian Onofre de Souza, de 39 anos, sofreu um grave acidente de bicicleta, no dia 7 de junho, quando participava do Desafio São José de Anchieta, que reuniu atletas profissionais e amadores no trajeto de 90 quilômetros entre Vitória e Anchieta.
Nas imagens gravadas pela irmã, que acompanhava a prova ao lado do marido em um carro, Cristian de Souza está no meio do grupo de ciclistas. Eles estão na Estrada do Limão, na reta da final da corrida, em Anchieta.
Um dos competidores passa da faixa amarela, que, segundo a família do acidentado, é proibida na competição. Ele é advertido pelo fiscal, que está de moto, e tenta voltar pra área permitida. Um outro ciclista acaba se desequilibrando e bate na bicicleta do médico.
“Paramos imediatamento o carro, fechamos a rodovia para prestar socorro. Eu fui o primeiro a chegar, em cerca de 5 segundos, porque estávamos muito próximos, e já percebi que ele estava desacordado”, disse o cunhado da vítima, Leonardo Loiola.
Leonardo contou que o ciclista que esbarrou em Christian não prestou socorro após a queda dos dois, mesmo sabendo que ele estava desacordado.
“No momento em que os dois caíram, ele rapidamente levantou e começou a preparar a sua bicicleta para retornar à prova. E eu comecei a gritar, ele olhou para mim, montou na bicicleta e continuou a prova”, lembrou o cunhado.
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A família acredita que a imprudência do ciclista que ultrapassou a linha amarela foi o que causou o acidente e pede que as regras na competição sejam mais rigorosas.
“Em relação ao acidente, a gente que se seja apurado, e que as regras sejam mais rigorosas. Eu presenciei ao longo dos 65km de prova várias situações irregulares, os atletas recebiam um apito e voltavam. Eles saem da área, são avisados e retornam. Se isso fosse mais rigoso, ninguém iria sair”, disse Leonardo.
Os familiares ainda se recuperam da perda. “A família ainda está de luto, tendo que lidar com a dor e com a perda, que foi muito, muito dolorida, ainda mais da forma como foi, trágica e banal. Ele tinha três filhos pequenos, a família está tendo que lidar com isso”, contou o cunhado.
“Eu não conheci nenhuma pessoa que falasse mal de alguma atitude dele. Ele foi uma pessoa dedicada ao trabalho, à medicina, à família e ao ciclismo”, disse.
Segundo Leonardo Loiola, as imagens já foram entregues para a polícia nesta semana. “É papel da polícia analisar as imagens e tomar as atitudes cabíveis”, disse.
Segundo Leonardo Loiola, as imagens já foram entregues para a polícia nesta semana. “É papel da polícia analisar as imagens e tomar as atitudes cabíveis”, disse.
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