PC World / EUA
05 de julho de 2016 - 17h02
Apesar de criticar uso de servidor privado para e-mails confidenciais, FBI não recomendou acusação contra candidata democrata ao Departamento de Justiça.
A candidata democrata à presidência dos EUA Hillary Clinton foi “extremamente descuidada” no seu uso de um servidor de e-mail privado enquanto era secretária de estado dos EUA, mas o FBI não está recomendando que ela acusada por lidar mal com informações secretas.
Em uma coletiva para a imprensa nesta semana, dias após Clinton ser interrogada pelas autoridades americanas, o diretor do FBI, James Comey, disse que a investigação descobriu várias casos do sistema sendo usado impropriamente para informações confidenciais. Ele também afirmou que era impossível descartar a possibilidade de que o sistema tenha sido hackeado.
Pensava-se que a controvérsia girasse em torno de um único servidor, mas Comey revelou que em seus anos como secretária de estado, Clinton utilizou diferentes servidores de e-mail. Quando novos eram instalados, os antigos eram removidos, mas nem sempre os dados eram apagados.
Citando um servidor usado em 2013, ele afirmou que o software de e-mail tinha sido removido, mas que as mensagens continuavam na máquina - um erro de segurança bastante básico para qualquer administrador de sistemas.
Dos cerca de 30 mil e-mails que Clinton lidou para o Departamento de Estado, o FBI descobriu que cerca de 7% deles eram confidenciais em algum nível. Oito e-mails continham informações ultrassecretas, 36 eram secretos, outros 8 eram confidenciais e os 2 mil restantes não eram secretos na época, mas depois foram definidos como tal por agências do governo.
As regras do governo americano determinam que informações confidenciais só podem ser enviadas e compartilhadas por meio de sistemas seguros do governo.
“Ela deveria saber que um sistema não confidencial não era o lugar correto para essas informações”, afirmou o diretor do FBI.
Comey ainda culpou os advogados de Hillary, que tentaram limpar toda a base de e-mails pessoais antes de entregá-la ao Departamento de Estado. Os advogados apenas fizeram buscas por palavras-chave e olharam para os títulos, apagando assim alguns e-mails que deveriam ter sido entregues.
Em sua recomendação para o Departamento de Justiça, Comey afirma que o FBI pensa que Clinton não deve ser acusada.
“Nosso julgamento é que nenhum promotor razoável assumiria um caso dese tipo”, explica.
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