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Neste início de tarde, foram registrados os óbitos de um adolescente de 14 anos e de uma mulher de 37. As mortes aconteceram no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte da capital pernambucana, devido a um deslizamento de barreira. As outras três mortes aconteceram no Agreste.
A Defesa Civil do Recife confirmou, na tarde desta quarta-feira (31), a morte de um adolescente de 14 anos no bairro da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife, devido a um deslizamento de barreira na localidade. Uma mulher de 37 também morreu no local.
O número de mortos devido às fortes chuvas no Grande Recife, na Mata Sul e no Agreste de Pernambuco sobe para cinco. As outras mortes foram duas no município de Lagoa dos Gatos e uma em Caruaru.
De acordo com a gerente geral de engenharia da Defesa Civil do Recife, Elaine Holanda, o local em que o adolescente e a mulher morreram havia sido vistoriado pelo órgão neste mês de maio. “É um local que estava com lona plástica e estava sendo acompanhado pelas equipes de monitoramento. Agora vamos investigar o que aconteceu para saber o que causou o deslizamento”, afirma. Além das mortes, uma criança de nove anos ficou ferida e foi levada à casa de parentes.
Tio do garoto que morreu no deslizamento, Marcos Pereira dos Santos afirmou que a lona foi colocada por profissionais da Defesa Civil na última semana, mas ele acredita que a ocorrência foi motivada por um cano quebrado. “A água encharcou muito a parte de cima da barreira e tem um cano quebrado que não ia segurar a água de uma chuva forte. A lona ajudou, mas a água foi por baixo”, conta.
De acordo com vizinhos das vítimas, o jovem de 14 anos era sobrinho da mulher de 37 anos, que teve a morte confirmada na manhã desta quarta (31). Outras duas pessoas que moravam na área em que ocorreu o deslizamento conseguiram sair da residência antes da queda da barreira.
A cuidadora Vilma de Souza, que trabalha na casa dos pais da mulher que faleceu pela manhã, afirmou ter estado com a vítima poucos minutos antes de a barreira deslizar. “Os pais dela moram na casa ao lado e eram 11h30 quando ela me disse que ia em casa fazer o almoço. Não acreditei quando eu soube que ela tinha morrido por causa da barreira. Hoje mesmo cheguei a comentar que eu tinha medo de deslizamento. Estou atordoada porque foi tudo muito rápido”, conta.
Estado de emergência
Além das mortes, Pernambuco contabiliza 55 mil pessoas desalojadas e desabrigadas devido às enchentes. Ao todo, são 3.081 desabrigados, que perderam as residências, e 52.095 desalojados, que tiveram as casas prejudicadas pelos efeitos da chuva e estão temporariamente em abrigos. Até a terça (30), o estado tinha 44,8 mil pessoas fora de casa.
Nesta quarta (31), o governo federal reconheceu a situação de emergência em 24 municípios de Pernambuco atingidos pelas chuvas e enchentes. A Portaria número 68 foi publicada na edição desta quarta-feira (31) do Diário Oficial da União pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. A situação de emergência se refere aos seguintes municípios:
Solidariedade
Para ajudar as famílias que perderam praticamente tudo nas enchentes, diversas instituições e entidades realizam arrecadação de alimentos não perecíveis e objetos de higiene pessoal. Há pontos de coleta no Recife, em Olinda e nos 15 campi do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).
Entenda as fortes chuvas
No Nordeste, as chuvas ocorrem por causa de um fluxo de vento que vem do oceano carregado de ar úmido, formando nuvens carregadas na costa e na Zona da Mata. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, trata-se de um sistema chamado onda de leste, comum nesta região no outono e inverno.
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