Britânica falava ao telefone quando a explosão aconteceu
MANCHESTER — Durante o atentado terrorista em Manchester, que matou 22 pessoas, um caso inusitado chamou a atenção. Segundo o marido, uma mulher de 45 anos não perdeu a vida por causa de seu aparelho celular. O que parece uma história de cinema ocorreu com Lisa Bridget, que falava ao telefone quando a explosão ocorreu. O marido de Lisa, Steve, acredita que o telefone salvou sua vida.
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Após o término do show de Ariana Grande, Lisa falava ao telefone, quando a explosão lançou uma peça de aço na direção de sua cabeça. A gerente de um estaleiro em Pwllheli, no norte do País de Gales, perdeu um dedo quando o objeto atingiu e quebrou o aparelho. Steve considerou a mulher “muito sortuda por estar viva”. Ele acrescentou que o telefone quebrado, um iPhone, provavelmente desacelerou a peça e desviou sua trajetória — não impediu, no entanto, que ela perdesse um dedo.
Lisa, que estava no espetáculo com a filha e uma amiga da jovem, sofreu várias lesões, incluindo um tornozelo fraturado e uma grande ferida em sua coxa, e por isso precisou passar por uma cirurgia na terça-feira.
— Isso pode parecer um pouco de ficção, mas, no final, foi realidade. Ela vai ter uma recuperação completa, embora eu não ache que o dedo vai crescer de volta — disse o marido, aliviado e em tom de brincadeira, ao “Guardian”.
Ele agradeceu os serviços de emergência por sua ajuda no rescaldo do ataque.
O ataque em Manchester na saída do show da cantora pop americana Ariana Grande, além de matar 22 pessoas, feriu outras 64. Os serviços de inteligência do Reino Unido investigam uma possível rede de terrorismo ligada ao autor do atentado, Salman Abedi. Até o momento, oito pessoas — incluindo o pai e dois irmãos do autor do ataque — foram presas.
A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, afirmou que Abedi já estava na mira dos serviços de Inteligência. O suicida recentemente retornou ao Reino Unido dias antes do ataque, depois de ficar na Líbia por três semanas.
O atentado em Manchester foi o mais mortal no Reino Unido desde os ataques contra os transportes públicos de Londres reivindicados pela al-Quaeda em 2005, que deixaram 52 mortos e 700 feridos. Depois do ataque — o segundo no Reino Unido em dois meses — o país continua em alerta.
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