Segundo a estatal, 99,85% do total de empregados estão trabalhando nesta terça-feira (9).
Os Correios informaram nesta terça-feira (9) que, com o fim da greve dos trabalhadores da empresa, as entregas em atraso devem ser normalizadas ainda esta semana.
Segundo a estatal, a paralisação de empregados chegou ao fim em todo o Brasil.
"Levantamento realizado nesta terça-feira (9) mostra que 99,85% do total de empregados dos Correios está trabalhando", informou a empresa, destacando que nos estados onde ainda houver carga represada, "as ações contingenciais continuarão a ser adotadas até que as entregas sejam normalizadas".
A maioria dos sindicatos que representa os trabalhadores dos Correios decidiu acabar com a greve e voltar ao trabalho nesta segunda-feira. A greve dos Correios começou no dia 26 de abril e durou 12 dias.
"Desde o início da paralisação, os Correios colocaram em prática um plano de continuidade de negócios, estabelecendo ações de contingência para amenizar eventuais impactos à população. Entre as medidas estão o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, contratação de mão de obra temporária e realização de mutirões nos fins de semana", acrescentou a nota.
Trabalhadores dos Correios encerram greve após 12 dias parados
Crise nos Correios
Na negociação, os Correios voltaram atrás da decisão de suspender as férias dos trabalhadores. Eles também prometeram não judicializar a questão do plano de saúde, enquanto o tema estiver sob mediação do Tribunal Superio do Trabalho (TST).
Os Correios enfrentam uma severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade da estatal estão em pauta.
Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.
Para a Fentect, federação que representa os trabalhadores, é preciso "provar que os Correios podem, sim, permanecer no mercado como empresa de qualidade e altamente lucrativa, sem deixar de exercer o papel social e sem reduzir o direito dos ecetistas" e de forma a evitar uma possível privatização.
"Os ecetistas alcançaram não somente a unificação do movimento sindical, mas, também, com todas as associações de Correios. Todos em busca de uma solução para a crise financeira da empresa. Foram deliberadas várias ações em conjunto para esclarecer a sociedade sobre a necessidade da manutenção dos Correios público e de qualidade", afirmou em nota a federação, citando a audiência pública marcada no Plenário da Câmara.
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