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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Senado aprova MP que prevê novas regras para regularização de terrenos

Pela proposta, famílias de baixa renda não terão mais de pagar pela regularização. Com aprovação, segue para a sanção do presidente Michel Temer.

Senadores reunidos em plenário durante a sessão desta quarta-feira (31) (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)Senadores reunidos em plenário durante a sessão desta quarta-feira (31) (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)
Senadores reunidos em plenário durante a sessão desta quarta-feira (31) (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)
O Senado aprovou nesta quarta-feira (31), por 47 votos a 12, uma medida provisória que prevê novas regras para a regularização de terrenos no país.
O texto já está em vigor desde dezembro do ano passado, mas precisava ser aprovado pelo Congresso Nacional até esta quinta (1º) para não perder a validade.
Com a aprovação, a medida seguirá para sanção do presidente Michel Temer.

A MP

Na prática, a proposta facilita as condições para quem ocupa terreno da União conseguir a escritura. Não serão contempladas, contudo, ocupações iniciadas após 23 de dezembro de 2016, data da publicação da MP.
Famílias de baixa renda, segundo a proposta, não terão de pagar pela regularização e terão a infraestrutura básica financiada pelo poder público. Elas também ficarão isentas do pagamento do registro de cartório do terreno.
Famílias com melhores condições financeiras terão de pagar pelo terreno e também pelo registro.
Nas áreas rurais, serão isentos os donos das propriedades de até quatro módulos rurais. Acima disso, os proprietários terão de pagar pelos terrenos e pelo registro.

Direito de laje

Entre outros pontos, a medida provisória permite que mais de uma unidade habitacional seja construída na mesma área. Assim, quem mora no primeiro andar terá uma matrícula e quem mora no segundo, outra.
O texto ainda disciplina o chamado "direito real de laje". Segundo a proposta, o dono do terreno poderá vender para outra pessoa o direito de construção de uma laje no imóvel, desde que a legislação urbanística da cidade e o projeto do imóvel permitam a construção.
Os termos da MP só se aplicam a um determinado local quando se constatar a impossibilidade de individualização de lotes.

Minha Casa, Minha Vida

A medida provisória também pretende dar ao governo mais segurança jurídica para a retomada dos imóveis do Minha Casa Minha Vida em casos como inadimplência e fraude.
O texto também prevê o encerramento do contrato nos casos em que ficar comprovada a venda ou a locação do imóvel do programa, que só pode ser usado como moradia do próprio beneficiário.

A sessão

Durante a sessão desta quarta, parlamentares da oposição criticaram o fato de a proposta ter sido feita por meio de medida provisória, que tem um período mais curto de tramitação.
Além disso, os senadores que votaram contra a medida afirmaram que a medida "favorece grileiros"
O relator da proposta, Romero Jucá (PMDB-RR), rebate a tese: "Nós não estamos estimulando a grilagem, pelo contrário. Nós estamos regularizando, dando posse legalmente àquelas pessoas que estão ocupando. Nós estamos privilegiando os pequenos [...]. Nós não vamos regularizar futuras invasões".

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