Brasil começa a competição quebrando um recorde interno maior delegação que o país já enviou para um evento esportivo fora de seu território
Os Jogos Pan-Americanos de Toronto serão abertos hoje, às 19h45 (SporTV 2), no Canadá, e o Brasil começa a competição quebrando um recorde interno. Esta é a maior delegação que o país já enviou para um evento esportivo fora de seu território. Serão 590 atletas representando o time.
A partir de agora, o desafio é outro. “Nossa primeira meta era bater os 515 classificados do Pan de Guadalajara e isso aconteceu. Tirando os Estados Unidos, vamos brigar com Canadá e Cuba pela segunda posição no número de medalhas”, explicou Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Grande força mundial, os Estados Unidos são, como de costume, os grandes favoritos à liderança do ranking de medalhas do Pan. A disputa vai ser mesmo com os donos da casa e com os cubanos, que perderam força na última década, mas ainda dominam esportes individuais, a exemplo de boxe e levantamento de peso. Aliás, a briga pela vice-liderança entre Brasil e Cuba nas últimas duas edições foi acirrada, mas o país caribenho levou a melhor tanto em 2007 quanto em 2011. O critério adotado no Pan é o maior número de medalhas de ouro. O COB usa o total de medalhas.
Em Guadalajara foram 141 medalhas: 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze. O melhor resultado do Brasil foi em 2007, no Rio de Janeiro, com 157 medalhas (52 de ouro, 40 de prata e 65 de bronze).
Para ter um resultado melhor, o Brasil levou atletas de ponta para Toronto, a exemplo de Fabiana Murer, do salto com vara, o ginasta Arthur Zanetti, os judocas Tiago Camilo e Mayra Aguiar, o velejador Robert Scheidt e o nadador Thiago Pereira, que será o porta-bandeira. Ele tem 18 medalhas em Pans (12 de ouro, três de prata e três de bronze) e está a uma de igualar Gustavo Borges como recordista de medalhas do Brasil.
Nadador Thiago Pereira é uma das esperanças de medalhas (Foto: Sátiro Sodré/SS Press)
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Olho no futuro O Pan de Toronto também contará com promessas que podem se tornar grandes realidades na busca por uma medalha olímpica no Rio de Janeiro em 2016, como Marcus Vinicius D’Almeida, do tiro com arco, Matheus Santana, da natação, Ana Sátila, da canoagem slalom, e Isaquias Queiroz, da canoagem de velocidade, favorito na prova C1 1000m.
Mas nem todas as modalidades vão com força máxima. A ausência mais sentida é do nadador Cesar Cielo, que vai se poupar para a disputa do Mundial de Desportos Aquáticos, em Kazan, na Rússia, de 5 a 16 de agosto. A mesma escolha fizeram os baianos e campeões mundiais de maratonas aquáticas Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha. No vôlei, a equipe masculina vai com time B por causa das finais da Liga Mundial, que ocorrem de 15 a 19 deste mês, no Rio. Lendas do esporte mundial como o nadador americano Michael Phelps e o corredor jamaicano Usain Bolt também estão fora do Pan. A classe A do basquete americano idem.
O Pan de Toronto vai reunir, aproximadamente, mais de 6 mil atletas de 42 países até o dia 26. São 36 esportes e 48 modalidades. O Brasil só não disputará beisebol, patinação de velocidade, raquetebol, softbol masculino, squash masculino e wakeboard feminino. Nenhuma delas estará nos Jogos Olímpicos do Rio. Para alguns esportes, o Pan vale vaga olímpica. É o caso do hóquei sobre grama masculino - o Brasil precisa ser, no mínimo, sexto. Na natação e no atletismo, vale como índice.
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