Garota está há 4 anos na Alemanha e tem permanência indefinida.
'Alguns terão que voltar', disse a chanceler sobre pedidos em análise.
Uma estudante palestina que chegou há quatro anos na Alemanha com sua família procedente do Líbano e ainda está a espera de regularizar sua situação começou a chorar diante da chanceler alemã, Angela Merkel, nesta quarta-feira (15), por conta da falta de uma solução para sua situação e a de seus parentes. (VEJA AQUI O VÍDEO, em alemão)
Em um dos encontros organizados pelo governo no marco da campanha "Diálogo cidadão" para conhecer as preocupações dos cidadãos, nesta ocasião em uma escola de Rostock (norte do país), uma sorridente adolescente contou em um perfeito alemão, que foi elogiado pela chanceler, sua fácil integração na escola na qual chegou há quatro anos desde um campo de refugiados do Líbano.
Mas a história que queria narrar era a de sua família, que segue à espera de que a administração resolva a solicitação de asilo, o que impede que o pai tenha um trabalho regular ou que ela possa planejar seu futuro a médio prazo.
Merkel reconheceu a lentidão no estudo das solicitações e admitiu que não se pode demorar quatro anos para dar uma resposta, mas ressaltou que o Líbano não é um país em guerra civil e deixou claro que abrir a porta a todos os palestinos que vivem nos campos de refugiados geraria um efeito chamada para milhares de pessoas.
A Alemanha não pode receber todas as pessoas procedentes desses campos e alguns terão que retornar, disse Merkel, fazendo a adolescente chorar desconsoladamente.
A chanceler demorou alguns segundos para perceber o ocorrido e ao se aproximar da menina para tentar tranquilizá-la, assegurou que tinha falado muito bem em nome de muitos jovens estrangeiros que vivem na Alemanha, mas ficou evidente que não era essa a resposta que a menor esperava quando apresentou seu problema à chanceler.
A política também não enfrentou dificuldades quando um adolescente questionou sua oposição ao casamento homossexual.
Merkel condenou qualquer tipo de discriminação, mas disse que ela, pessoalmente, acredita que o casamento é a união entre um homem e uma mulher e lembrou que gays e lésbicas podem se registrar na Alemanha como casais de fato com os mesmos benefícios que os heterossexuais.
A chanceler defendeu a legitimidade das distintas posturas e reconheceu que em seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), há diferentes opiniões, como há na sociedade alemã.
Não há diferenças também nos grupos de estudantes?, perguntou em voz alta aos alunos, que responderam juntamente que todos eram a favor do casamento homossexual.
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