Jogador é filho de uma doméstica e de um pastor evangélico, e estava de férias do clube Boavista; ele está foragido
A Polícia Civil já identificou quatro homens suspeitos de terem participado do estupro de uma jovem de 16 anos, na última segunda-feira (23), no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. De acordo com relato da jovem à polícia, ela teria sido estuprada por 33 homens na casa.
Dos quatro identificados até o momento, dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais e o terceiro aparece no vídeo ao lado da garota: Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, Michel Brazil da Silva, de 20, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41. O quarto é Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, com quem a adolescente tinha um relacionamento.
Lucas (à esquerda) e Raphael (à direita)
(Foto: Reprodução/TV Globo) |
Lucas Perdomo é jogador de futebol e atua no Boavista, time da primeira divisão do Carioca, e está foragido desde o início da noite desta quinta-feira (26). O rapaz é conhecido como Luquinhas e é uma das grandes promessas do clube. Segundo o Globo Esporte, o jogador é filho de uma doméstica e de um pastor evangélico, e estava de férias do clube. Lucas foi descoberto pelo holandês Clarence Seedorf.
Ataque
Em depoimento à polícia, a adolescente contou que foi visitar o namorado em uma casa no alto da comunidade que era usada por homens ligados ao tráfico de drogas na região. Imagens postadas pelos supostos agressores no Twitter geraram indignação ao mostrarem a menina desacordada com órgãos genitais expostos. No vídeo, um homem admite: “uns 30 caras passaram por ela”.
Em depoimento à polícia, a adolescente contou que foi visitar o namorado em uma casa no alto da comunidade que era usada por homens ligados ao tráfico de drogas na região. Imagens postadas pelos supostos agressores no Twitter geraram indignação ao mostrarem a menina desacordada com órgãos genitais expostos. No vídeo, um homem admite: “uns 30 caras passaram por ela”.
O Ministério Público do Rio (MPRJ), que acompanha o caso, através da 23ª Promotoria de Investigação Penal, informou que a Ouvidoria da instituição já recebeu cerca de 800 denúncias sobre os criminosos e que já encaminhou o material retirado das redes sociais para os órgãos de investigação do crime.
Em nota, a Polícia Civil informa que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) estão trabalhando de forma integrada na investigação do crime.
A Subchefia Operacional e o Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) colocaram suas unidades à disposição para auxiliar na investigação.
O cidadão que tiver qualquer informação que possa contribuir com a investigação, especificamente endereços dos suspeitos ou novas provas do fato, pode entrar em contato com a Polícia Civil através da Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) pelos telefones (21) 2334-8823, (21) 2334-8835, pelo chat online ou pelo Disque Denúncia 2253-1177.
Os delegados de Polícia Alessandro Thiers e Cristiana Bento, responsáveis pela investigação, atenderão a imprensa nesta sexta-feira, às 12h30, na Cidade da Polícia, para apresentar novas informações sobre o caso.
A vítima do estupro coletivo foi levada na manhã de ontem (26) para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, no centro do Rio, onde fez exames e tomou medicamentos para evitar doenças sexualmente transmissíveis e Aids.
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