Nicolás Maduro afirmou que o impeachment é uma dolorosa página
da história do Brasil, "um ataque injusto contra a primeira mulher eleita".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou de volta a caracas o embaixador no Brasil, em protesto contra o processo de impeachment.
A convocação do embaixador venezuelano, Alberto Castelar, foi confirmada na noite de sexta-feira (13). Ao comunicar a decisão ao conselho de ministros do governo venezuelano, Nicolás Maduro afirmou que "o impeachment é uma dolorosa página da história do Brasil, um ataque injusto contra a primeira mulher eleita presidente do país".
Na quinta (12), Maduro já tinha divulgado uma nota criticando o processo de impeachment, que chamou de golpe de Estado.
O presidente da Venezuela usa a mesma tese defendida pelos petistas e diz que "Dilma Rousseff enfrenta um ataque motivado pela vingança dos que perderam as eleições e que são incapazes de chegar ao poder politico que não seja à força".
Em uma notável mudança de tom, o governo brasileiro através do Itamaraty rebateu com dureza críticas ao processo de impeachment feitas por países bolivarianos alinhados ao PT, além da ditadura comunista cubana.
Esses países, segundo nota do ministério das relações exteriores brasileiro, "propagam falsidades sobre o processo político interno", que seguiu rigorosamente a lei.
A nota do Itamaraty, chefiado agora pelo senador José Serra, foi dura também em relação ao secretário-geral da Unasul, organismo criado por inspiração de países bolivarianos como contraponto à OEA (Organização dos Estados Americanos).
O secretário-geral da Unasul, afirma o Itamaraty, "externou juízos preconceituosos e incompatíveis com as funções dele" e qualifica de maneira equivocada o funcionamento de instituições brasileiras.
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