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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Discursos pró-impeachment atingem número suficiente para abrir processo

Ao menos 40 senadores foram favoráveis ao impeachment e outros 16, contra. Senado discute instauração de processo de impedimento de Dilma Rousseff.
12/05/2016 03h07 - Atualizado em 12/05/2016 06h10

Do G1, em Brasília

A sessão que discute no Senado a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff alcançou, na madrugada desta quinta-feira (12), o total de 40 senadores que se declararam favoráveis ao impedimento da presidente. Com isso, caso os parlamentares mantenham na votação o posicionamento defendido em discurso no plenário, já há número suficiente para aprovar o impeachment e afastar Dilma por até 180 dias.
Para que seja aprovado o relatório da Comissão Especial do Impeachment e o processo seja instaurado, são necessários votos favoráveis da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. A expectativa é que 78 dos 81 senadores votem durante a sessão.
Dois senadores, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), estão de licença médica. O terceiro que não irá comparecer à votação é Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), suplente de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), cassado nesta terça-feira (10). Santos ainda não tomou posse como senador titular substituto de Delcídio.
 O 40º discurso favorável ao impeachment foi dado às 03h05, com a fala do senador Roberto Rocha (PSB-MA). "Voto pela admissibilidade da denúncia, na expectativa que o Senado conduza o processo de forma límpida, amparado na Constituição e animado pelo senso de justiça", declarou. No momento da fala dele, outros 16 parlamentares haviam se posicionado contra o processo.
 A votação da instauração do processo de impeachment deve ocorrer na manhã desta quinta-feira. A sessão que discute o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao processo, começou na manhã desta quarta-feira, com discursos de até 15 minutos para cada senador.
Discursos
 A sessão destinada à discussão e votação do parecer da comissão especial estava prevista para começar às 9h. No entanto, o início dos trabalhos só aconteceu às 10h .A primeira oradora inscrita na sessão, Ana Amélia Lemos (PP-RS), só subiu à tribuna por volta de 11h20. Isso porque, antes de os parlamentares começarem a discursar, alguns senadores pediram a palavra para comentar a validade do processo de impeachment.
Conforme havia anunciado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, suspendeu a sessão por volta de 12h30 para que os senadores pudessem almoçar. O segundo bloco de pronunciamentos iniciou às 14h30 e se estendeu até as 18h30, quando houve novo intervalo. O terceiro bloco, que ainda está em andamento, teve início às 19h25 e deve seguir até por volta das 7h desta quinta-feira (12).
 Senadores governistas e da oposição se revezaram na tribuna do Senado. Após os discursos, os parlamentares eram aplaudidos por colegas que concordavam com o posicionamento apresentado.
Com o avanço da sessão ao longo da noite de quarta e da madrugada de quinta, vários senadores foram deixando o plenário para descansar. À 1h desta quinta, dos 77 senadores que estavam com presença registrada no painel, apenas 27 estavam no plenário.
Alguns senadores, caso de Lídice da Mata (PSB-BA), só entraram em plenário próximo da hora que discursariam. Outros, como o senador Fernando Collor (PTC-AL), deixaram o plenário logo após se pronunciarem na tribuna.
 Veja o posicionamento dos senadores até o 40º discurso no plenário:
– A FAVOR (50)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
 José Medeiros (PSD-MT)
 Aloysio Nunes (PSDB-SP)
 Marta Suplicy (PMDB-SP)
 Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
 Ronaldo Caiado (DEM-GO)
 Zezé Perrella (PTB-MG)
 Lúcia Vânia (PSB-GO)
 Magno Malta (PR-ES)
 Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
 Romário (PSB-RJ)
 Sérgio Petecão (PSD-AC)
 Dário Berger (PMDB-SC)
 Simone Tebet (PMBD-MS)
 Cristovam Buarque (PPS-DF)
 José Maranhão (PMDB-PB)
 José Agripino Maia (DEM-RN)
 Acir Gurgacz (PDT-RO)
 Eduardo Amorim (PSC-SE)
 Aécio Neves (PSDB-MG)
 Wilder Morais (PP-GO)
 Álvaro Dias (PV-PR)
 Waldemir Moka (PMDB-MS)
 Marcelo Crivella (PRB-RJ)
 Lasier Martins (PDT-RS)
 Reguffe (sem partido-DF)
 Hélio José (PMDB-DF)
 Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
 Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
 Valdir Raupp (PMDB-RO)
 Paulo Bauer (PSDB-SC)
 Gladson Cameli (PP-AC)
 Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
 Omar Aziz (PSD-AM)
 Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
 Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
 Tasso Jereissati (PSDB-CE)
 Wellington Fagundes (PR-MT)
 Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
 Roberto Rocha (PSB-MA)
 Blairo Maggi (PR-MT)
 Dalírio Beber (PSDB-SC)
 José Serra (PSDB-SP)
 Davi Alcolumbre (DEM-AP)
 Ciro Nogueira (PP-PI)
 Ivo Cassol (PP-RO)
 Benedito de Lira (PP-AL)
 Romero Jucá (PMDB-RR)
 Edison Lobão (PMDB-MA)
 Raimundo Lira (PMDB-PB)
– CONTRA (20)
 Telmário Mota (PDT-RR)
 Ângela Portela (PT-RR)
 Jorge Viana (PT-AC)
 Fátima Bezerra (PT-RN)
 Roberto Requião (PMDB-PR)
 Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
 Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
 Regina Sousa (PT-PI)
 Armando Monteiro (PTB-PE)
 João Capiberibe (PSB-AP)
 Lídice da Mata (PSB-BA)
 Otto Alencar (PSD-BA)
 Lindbergh Farias (PT-RJ)
 Paulo Rocha (PT-PA)
 Gleisi Hoffmann (PT-PR)
 Paulo Paim (PT-RS)
 Donizeti Nogueira (PT-TO)
 José Pimentel (PT-CE)
 Walter Pinheiro (sem partido-BA)
 Humberto Costa (PT-BA)
– NÃO SE POSICIONOU (1)
 Fernando Collor (PTC-AL)
 


IMPEACHMENT NO SENADO
Possível afastamento de Dilma é analisado
o mandato em jogo
a cronologia da crise
a comissão especial
o parecer do relator
argumentos de especialistas
relatório aprovado
votação na comissão
próximos passos

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