Um jovem pede socorro na praia. Levado pelas ondas, ele tenta, em vão, evitar o afogamento. Em minutos, um helicóptero sobrevoa a área e localiza o rapaz. Do alto, o salva-vidas lança um livro plastificado e diz: “Leia o manual de instruções. Se você seguir as regras passo a passo, vai conseguir se salvar!”
Essa técnica funciona? Certamente não! Por isso Deus, ao perceber a humanidade se afogando no pecado, cercada de sofrimento e morte, não Se contentou apenas em observar. Ele mergulhou nesse mundo para nos salvar. Essa é a história que você vai conhecer a partir de agora.
Salvos do quê?
A Bíblia diz que todos nós já nascemos pecadores, certo? (Salmo 51:5). Ora, se nascemos pecadores, então o nosso fim é a morte, pois “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Existe uma outra saída a não ser a morte eterna? Graças a Deus, sim! O verso de Romanos continua: “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus”. Então, salvação = dom gratuito = Jesus.
Após Adão e Eva pecarem no Jardim do Éden, Deus profetizou a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo e destruiria o reino de Satanás: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). Através do sacrifício expiatório de Cristo e do Seu precioso sangue derramado, a humanidade teria novamente a possibilidade da vida eterna (João 3:16).
Efésios 2:8-10 diz que somos salvos pela graça de Deus. Esse é o maravilhoso presente que o Céu nos concede através da morte de Jesus Cristo. O meio pelo qual recebemos essa dádiva é a fé em Jesus. A fé também é um dom divino. Isso tudo faz com que vivamos “em novidade de vida”, produzindo bons frutos ou boas obras. Então, as boas obras são o resultado da atuação da graça em nossa vida. Elas evidenciam se de fato sou salvo ou não.
Verdades sobre a salvação
• Não conseguimos a salvação pelas nossas próprias forças. Por mais que eu seja uma pessoa boa, tenha um bom nome na praça ou até mesmo doe meus bens aos pobres, eu não alcançarei a salvação. Somos salvos única e exclusivamente pela graça de Cristo, mediante a fé nEle. (Efésios 2:8-10).
• As obras não salvam, mas demonstram que estou salvo. A salvação pela graça não libera as pessoas para viver na desobediência. Isso se chamaria “graça barata”, conforme mencionou o teólogo alemão Dietrich Bonhoefer: “A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado.” A graça envolve transformação, obediência e submissão à Lei de Deus.
• Salvação é um processo, não um momento da vida. A expressão “uma vez salvo, salvo para sempre” está errada e não é bíblica (1 Coríntios 10:12; Gálatas 5:4; Apocalipse 3:11). A salvação é um processo diário que envolve a nossa aceitação de Cristo e a nossa submissão total a Ele. O apóstolo Paulo fala da salvação em três tempos: passado – justificação (Romanos 8:24), presente – santificação (Hebreus 12:14) e futuro – glorificação (1 Coríntios 15:51-53).
• A salvação é obtida mediante a fé em Jesus. Paulo afirma em Efésios 2:8 que somos salvos pela graça mediante a fé em Jesus. A fé é um dom concedido por Deus àqueles que aceitam a Cristo. Fé é confiança plena em Jesus, mesmo sem vê-Lo. É um relacionamento de amizade e dependência. Ela é um ingrediente indispensável àqueles que professam ser o povo de Deus (Apocalipse 14:12).
• Jesus morreu por todos, mas nem todos irão se salvar. O sacrifício de Jesus foi por toda a raça humana. Porém, nem todos irão se salvar, pois cada um deve escolher um caminho a seguir: a vida ou a morte (Deuteronômio 30:19). Crer em Deus e no sacrifício substitutivo de Jesus são as prerrogativas indispensáveis daqueles que aceitaram o caminho da vida. “Pois não há salvação em nenhum outro nome” (Atos 4:12).
• A salvação é de graça, mas custou tudo para Deus. “Porque fostes comprados por preço” (1 Coríntios 6:20), o precioso sangue do Filho de Deus. Para que houvesse expiação pelo pecado, era necessário o derramamento de sangue (Hebreus 9:22). Por isso, Deus enviou o Seu Filho na forma humana a fim de dar a Sua vida “em resgate por muitos” (Mateus 20:28). Isso deve nos fazer refletir sobre a maneira como temos vivido. A prática consciente do pecado deve ser abolida de nossa vida (Hebreus 10:26, 27).
• A salvação custou a separação entre o Pai e o Filho. O sacrifício de Jesus foi substitutivo. Sem merecer, sofreu o castigo do culpado. Algumas pessoas sentem pena de Cristo pelos maltratos recebidos no Calvário, mas o que matou o Filho de Deus foi a culpa dos pecados da humanidade e a separação do Pai. Ele suou gotas de sangue no Getsêmani, e no Calvário foram lançadas sobre Ele “as nossas dores” (Isaías 53:4). O profeta Isaías disse ainda: “Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades” (Isaías 53:5). Jesus não quer que você tenha pena dEle, Ele deseja que você compreenda o Seu sacrifício e O ame (1 João 4:19).
Nenhum comentário:
Postar um comentário