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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Narcotráfico pode ter financiado enterros de mortos no Cabula, diz secretário

Segundo as investigações da polícia, os mortos faziam parte de um grupo de traficantes de uma quadrilha da região da Engomadeira
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 03/07/2015 19:54:28
  
O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (3) que a polícia investiga uma suspeita de que enterro de algumas das 12 pessoas mortas em ação da polícia no Cabula tenha sido pago pelo narcotráfico. "São vários áudios mostrando que eles eram envolvidos com o crime, inclusive tendo seus enterros custeados pelo próprio narcotráfico", diz Barbosa.
A polícia tem informações, registradas em áudio, de que um traficante da Engomadeira se ofereceu para pagar o enterro dos suspeitos mortos na Vila Moisés. Os nomes dos suspeitos que teriam tido os sepultamentos financiados pelo crime não foram divulgados.
Segundo as investigações da polícia, os mortos faziam parte de um grupo de traficantes de uma quadrilha da região da Engomadeira, liderada pelo bandido, conhecido como Márcio Barraco e seu comparsa Maurício Cavalcanti, ambos com mandado de prisão em aberto. Eles comandavam um ponto de venda de drogas na região da Estrada das Barreiras e já eram investigados pelo Departamento de Narcóticos da Polícia Civil. 
http://www.ssp.ba.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/Apresentacao-matheus-pereira.jpg
Inquérito foi apresentado nesta sexta em coletiva
(Foto: Mateus Pereira/Secom)
Em áudio obtido através de interceptação legal de ligações, a polícia obteve registros que mostram traficantes garantindo o custeio dos enterros e lamentando a morte dos envolvidos na ação policiail. Em outra ligação, eles relatam intenção de realizar ataques a bancos.
“Os laudos comprovam a versão apresentada pelos policiais. Além disso, deixam claro que não há qualquer indício de execução, como tiros à curta distância, ou relatos de disparos isolados”, diz Maurício Barbosa. O laudo mostra que houve três confrontos entre os grupos, em pontos diferentes.
O inquérito tem 59 laudos e 2512 páginas. A conclusão da polícia difere da versão do Ministério Público da Bahia. No dia 12 de maio, o Ministério Público Estadual (MPE) concluiu, em investigação própria, que houve execuções na operação policial realizada pela Rondesp. A apuração, concluída na sexta-feira (12), foi baseada em depoimentos e laudos periciais.
O resultado foi antecipado pelo CORREIO, no dia 2 de abril, com a publicação de informações exclusivas sobre os laudos cadavéricos que traziam, pelo menos, cinco indícios de execução na operação contra suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha de assalto a bancos e terminais de autoatendimento. 
Segundo o representante do MPE, promotor David Gallo Barouh, no entendimento do órgão, todos os policiais militares envolvidos serão responsabilizados. "Houve um crime e todos serão denunciados", declarou o promotor.
A operação foi realizada por guarnições da Rondas Especiais (Rondesp), após receberem uma denúncia de que um grupo de criminosos se organizava para realizar um ataque a um caixa eletrônico na região.
Casas vizinhas ao local onde aconteceu a ação foram atingidas pelos disparos.
(Foto: Marina Silva/CORREIO)
ONGsconclusão do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi criticada por entidades de defesa dos Direitos Humanos. O líder do movimento Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta, Hamilton Borges, disse que o resultado era esperado, mas garantiu que continuará pressionando para que o caso tenha um "desfecho mais verdadeiro".
"É obvio que ia ter esse tipo de resultado, porque o governo resolveu politizar uma questão jurídica. Agora cabe a nós chamar a atenção dos órgãos de defesa dos direitos. Por que eles estão em silêncio? Sobretudo órgãos do próprio governo. Essa foi uma ação racista", disse Borges.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) afirmou que aguarda uma posição formal para se posicionar. A coordenadora geral da ONG Justiça Global, Sandra Carvalho, criticou a apuração do DPT. Para ela, o resultado não foi isento.
"Acreditamos que deve prevalecer a investigação do Ministério Público, por ser uma instituição isenta, ao contrário da polícia. É lamentável que a polícia não tenha mais rigor em suas investigações", comentou. A Anistia Internacional informou que "recolheu relatos de moradores que revelam fortes indícios de execução". 
Reconstituição da ação foi realizada pelo DPT no dia 29 de maio.
(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

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