O mandado de prisão preventiva para extradição foi ordenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Um português de 49 anos foi preso pela Polícia Federal em Salvador por suspeita de envolvimento com crimes de pedofilia. O mandado de prisão preventiva para extradição foi ordenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a polícia, o homem já havia sido condenado pela justiça de Portugal à prisão de 6 anos e 6 meses pelo mesmo crime que foi preso desta vez.
Ainda segundo a polícia, o preso trabalhava como fisiatra e se dizia especialista em coluna vertebral, embora não tivesse autorização para atuar nesta área aqui no Brasil. A sua situação no país também estava irregular.
De acordo com Claudia Lauria, agente federal da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), setor Bahia, o português veio para o Brasil em 2013, direto para Salvador. Em 2014, ele teria se casado com uma baiana com o único objetivo de conseguir um visto para permanência no país. Como não conseguiu o documento, ele acabou se divorciando alguns meses depois do casamento. Ainda de acordo com a Interpol, ele morava em Jauá e vivia também em uma casa em Itapuã.
O português estava sendo acompanhado desde junho do ano passado, mas a polícia brasileira esperava os encaminhamentos necessários da Justiça de Portugal para a expedição do mandado de prisão, que foi feito pelo STF no último dia 15.
Preso na última quarta-feira (1º), o português foi encaminhado à Cadeia Pública de Salvador e permanece à disposição do STF até o julgamento do pedido de extradição feito por Portugal.
Operação Moikano
Na quarta-feira (30), um homem também foi preso no bairro de Fazenda Grande do Retiro 2, em Salvador, cusado de envolvimento com pedofilia. A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) e fez parte da Operação Moikano, que aconteceu em 13 estados da Federação.
Na quarta-feira (30), um homem também foi preso no bairro de Fazenda Grande do Retiro 2, em Salvador, cusado de envolvimento com pedofilia. A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) e fez parte da Operação Moikano, que aconteceu em 13 estados da Federação.
Um segundo mandado de prisão foi expedido para um outro homem que foi procurado no bairro do Stiep. O suspeito, no entanto, não foi localizado. Em ambos os endereços foram apreendidos computadores, pen-drives e outras mídias que serão periciados para verificação do conteúdo.
A Operação Moikano tem por finalidade de combater o compartilhamento via internet de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. Cerca de 250 policiais federais cumpriram 78 mandados judiciais (50 de busca e apreensão e 28 de prisão preventiva), nos estados de São Paulo, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal. Foram repassadas ainda informações obtidas durante a investigação sobre os suspeitos estrangeiros para autoridades policiais de 11 países.
As investigações iniciaram em abril de 2014 após busca domiciliar feita na cidade de Itu, em São Paulo. Na ocasião, um homem que se apresentava nos grupos de compartilhamento de pornografia infantil como Moikano, foi preso em flagrante. A partir dos contatos de Moikano, uma rede internacional de compartilhamento de arquivos contendo fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes foi descoberta.
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