Tucano pediu ‘investigação profunda’ para ‘separar falso do verdadeiro’.
Senador Delcídio disse que Aécio se beneficiou corrupção em Furnas.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, classificou de “absurdas” e “requentadas” as acusações feitas a ele pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal.
O tucano também pediu investigação aprofundada de todas as citações de Delcídio a políticos, para “separar o que é verdadeiro do que é falso”.
Delcídio do Amaral afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que Aécio foi beneficiário de um "grande esquema de corrupção" na estatal Furnas. Esse esquema, segundo o senador, era operacionalizado por Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas, e que teria “vínculo muito forte” com Aécio.
Delcídio do Amaral afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que Aécio foi beneficiário de um "grande esquema de corrupção" na estatal Furnas. Esse esquema, segundo o senador, era operacionalizado por Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas, e que teria “vínculo muito forte” com Aécio.
"Questionado ao depoente quem teria recebido valores de Furnas, o depoente diz se que não sabe precisar, mas sabe que Dimas operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves, assim como também o PP, através de José Janene; que também o próprio PT recebeu valores", diz o texto da delação premiada divulgada nesta terça-feira (15).
Em entrevista na tarde desta terça no Senado, Aécio contestou pontos das acusações feitas por Delcídio na delação premiada, homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
Furnas
Sobre Furnas, Aécio Neves disse que notícias sobre supostos beneficiários do esquema de corrupção na estatal existem há anos e que já houve investigações por parte do Ministério Público Federal.
Sobre Furnas, Aécio Neves disse que notícias sobre supostos beneficiários do esquema de corrupção na estatal existem há anos e que já houve investigações por parte do Ministério Público Federal.
Segundo ele, listas com nomes de políticos supostamente envolvidos circulam para serem usadas como instrumento de chantagem
“São várias listas constituídas para chantagear diversos políticos, inclusive do PT. Delcídio traz uma contradição grave: diz que a lista a de Furnas não é verdadeira, mas mesmo assim políticos teriam recebido dinheiro dela. Isso é falso, e mais uma vez a repetição daquilo que já tem sido dito nos últimos anos e nos últimos meses, inclusive objetos de arquivamentos por parte da procuradoria-geral”, afirmou o senador tucano.
Banco Rural
Ele também rechaçou trecho do depoimento no qual Delcídio afirma que os dados fornecidos pelo extinto Banco Rural à CPI dos Correios atingiriam o senador Aécio Neves “em cheio” se não tivessem sido “maquiados” pela instituição financeira.
Ele também rechaçou trecho do depoimento no qual Delcídio afirma que os dados fornecidos pelo extinto Banco Rural à CPI dos Correios atingiriam o senador Aécio Neves “em cheio” se não tivessem sido “maquiados” pela instituição financeira.
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“O senador Delcídio surge com uma história de que durante a CPI dos Correios houve uma interferência minha através de outros agentes políticos para que o Banco Rural de Minas pudesse maquiar dados. Em nenhum momento meu nome sequer foi citado para colaborar em qualquer uma das investigações que ali existiam. Jamais tive contas, empréstimos ou qualquer relação com Banco Rural”, afirmou Aécio Neves.
Fundação
Na delação, Delcídio também mencionou ter ouvido do ex-deputado José Janene, morto em 2010, que Aécio era beneficiário de uma fundação sediada em Liechtenstein da qual ele seria “dono ou controlador de fato”.
Na delação, Delcídio também mencionou ter ouvido do ex-deputado José Janene, morto em 2010, que Aécio era beneficiário de uma fundação sediada em Liechtenstein da qual ele seria “dono ou controlador de fato”.
Delcídio, contudo, não soube precisar qual relação essa fundação teria com a “maquiagem” dos dados do Banco Rural.
Aécio afirmou que sua mãe iniciou a criação de uma fundação em 2000, que jamais chegou a ser concluída.
“Jamais houve transferência de recursos para ela e isso já foi objeto de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, que pediu o arquivamento, que foi feito pela Justiça do Rio de Janeiro. Esse assunto já habitou o submundo dos sites petistas nos últimos anos. Durante a campanha tentou-se levantar irregularidade e não foi encontrado.”
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