Temer é visto por setores de seu partido como uma "alternativa segura" para a saída de Dilma
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), será homenageado nesta quinta-feira (6) no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em ato ao lado do governador Geraldo Alckmin.
Temer receberá honrarias por ter sido o secretário de Segurança que, no governo de Franco Montoro (1983-1987), inaugurou a primeira delegacia de atendimento à mulher. O gesto ocorre no momento em que o governo Dilma Rousseff enfrenta uma grave crise política e o PMDB, de Temer, passou a discutir abertamente a possibilidade de um impeachment da petista.
Nesta quarta (5), o vice cobrou responsabilidade de parlamentares da base aliada e reconheceu que "o momento é grave" em reuniões no Palácio do Jaburu.
O Temer é visto por setores de seu partido como uma "alternativa segura" para a saída de Dilma. Ele, no entanto, rechaça qualquer conversa nesse sentido.
Temer vem negociando há semanas um encontro privado com Alckmin, que desponta como um dos nomes do PSDB para a sucessão presidencial em 2018.
Após a homenagem, os dois devem ter uma conversa reservada. O governador paulista tem se colocado de maneira cautelosa contra o impeachment, mas defendendo a continuidade das investigações da operação Lava Jato, que aprofundaram a crise no Palácio do Planalto.
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