Pesquisa sugere que pouco sono leva crianças a comer por recompensa. Estudo envolveu 1.008 crianças de 5 anos nascidas em 2007.
31/08/2015 05h00 - Atualizado em 31/08/2015 05h00
Da Reuters
Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais (Foto: John Finn/Divulgação)
Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais (Foto: John Finn/Divulgação)
Crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a ter mais vontade de comer, sugere um novo estudo.
A pesquisa revelou que crianças de 5 anos que dormiram menos de 11 horas por noite mostraram-se com mais vontade de comer ao ver ou se lembrar de sua guloseima preferida, em comparação àquelas que dormiram mais. O trabalho foi publicado na revista científica "International Journal of Obesity".
As crianças que dormiram menos de 11 horas também apresentaram um IMC mais alto do que aquelas que dormiram mais de 11 horas. Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos recomendam de 11 a 12 horas de sono para crianças em idade pré-escolar.
"Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa (comer hedônico)", diz Laura McDonald, principal autora do estudo e pesquisadora da University College London em um e-mail para a Reuters.
Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa"
— Laura McDonald, pesquisadora
"Isso, é claro, é uma preocupação", acrescentou, "dado que vivemos em uma ambiente moderno 'obesogênico'", onde alimentos saborosos e altamente calóricos "são amplamente disponíveis e baratos de consumir".
Estudos anteriores mostraram que pouco sono aumenta significantemnete os riscos de uma criança ter sobrepeso ou obesidade. Mas pouco se sabia sobre o efeito do sono na ingestão diária de calorias.
"Alguns estudos usando imagens cerebrais mostraram que a restrição do sono aumenta a resposta em centros de recompensa do cérebro em resposta a imagens de comidas saborosas... No entanto, nenhum estudo em crianças tinha examinado se o sono muda a receptividade à comida", observou McDonald.
Receptividade à comida
O estudo envovleu 1.008 crianças de 5 anos nascidas em 2007 na Inglaterra e no País de Gales. Os pesquisadores pediram às mães responderem um questionário sobre a receptividade dos pequenos a alimentos e seu comportamento em relação à comida quando estavam presumivelmente satisfeitos, logo depois de comer.
A média de sono das crianças do estudo foi de 11,48 horas.
Entre crianças que dormiram menos de 11 horas por noite, a receptividade à comida foi de 2,53 em uma escala utilizada pelos pesquisadores. Já as crianças que dormiram de 11 a 12 horas tiveram a receptividade à comida classificada em 2,36 e aquelas que dormiram mais de 12 horas, em 2,35.
"Entre as crianças que não dormem o suficiente à noite, limitar a exposição a alimentos saborosos em casa pode ajudar a prevenir o consumo excessivo", diz McDonald.
A pesquisadora observa, porém, que os resultados do estudo também podem indicar que as crianças que são mais propensas a terem vontade de comer são aquelas que tem uma dificuldade maior para dormir durante a noite.
31/08/2015 05h00 - Atualizado em 31/08/2015 05h00
Da Reuters
Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais (Foto: John Finn/Divulgação)
Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais (Foto: John Finn/Divulgação)
Crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a ter mais vontade de comer, sugere um novo estudo.
A pesquisa revelou que crianças de 5 anos que dormiram menos de 11 horas por noite mostraram-se com mais vontade de comer ao ver ou se lembrar de sua guloseima preferida, em comparação àquelas que dormiram mais. O trabalho foi publicado na revista científica "International Journal of Obesity".
As crianças que dormiram menos de 11 horas também apresentaram um IMC mais alto do que aquelas que dormiram mais de 11 horas. Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos recomendam de 11 a 12 horas de sono para crianças em idade pré-escolar.
"Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa (comer hedônico)", diz Laura McDonald, principal autora do estudo e pesquisadora da University College London em um e-mail para a Reuters.
Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa"
— Laura McDonald, pesquisadora
"Isso, é claro, é uma preocupação", acrescentou, "dado que vivemos em uma ambiente moderno 'obesogênico'", onde alimentos saborosos e altamente calóricos "são amplamente disponíveis e baratos de consumir".
Estudos anteriores mostraram que pouco sono aumenta significantemnete os riscos de uma criança ter sobrepeso ou obesidade. Mas pouco se sabia sobre o efeito do sono na ingestão diária de calorias.
"Alguns estudos usando imagens cerebrais mostraram que a restrição do sono aumenta a resposta em centros de recompensa do cérebro em resposta a imagens de comidas saborosas... No entanto, nenhum estudo em crianças tinha examinado se o sono muda a receptividade à comida", observou McDonald.
Receptividade à comida
O estudo envovleu 1.008 crianças de 5 anos nascidas em 2007 na Inglaterra e no País de Gales. Os pesquisadores pediram às mães responderem um questionário sobre a receptividade dos pequenos a alimentos e seu comportamento em relação à comida quando estavam presumivelmente satisfeitos, logo depois de comer.
A média de sono das crianças do estudo foi de 11,48 horas.
Entre crianças que dormiram menos de 11 horas por noite, a receptividade à comida foi de 2,53 em uma escala utilizada pelos pesquisadores. Já as crianças que dormiram de 11 a 12 horas tiveram a receptividade à comida classificada em 2,36 e aquelas que dormiram mais de 12 horas, em 2,35.
"Entre as crianças que não dormem o suficiente à noite, limitar a exposição a alimentos saborosos em casa pode ajudar a prevenir o consumo excessivo", diz McDonald.
A pesquisadora observa, porém, que os resultados do estudo também podem indicar que as crianças que são mais propensas a terem vontade de comer são aquelas que tem uma dificuldade maior para dormir durante a noite.
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