Do R7, com Estadão Conteúdo
5/5/2016 às 08h03 (Atualizado em 5/5/2016 às 08h26)
Alvo da Lava Jato, Cunha não poderá mais exercer função de deputado federal
Agência Brasil
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, teve o mandato suspenso pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. A decisão foi tomada na quarta-feira (4) e em caráter liminar, portanto, cabe recurso ao plenário da Corte.
A liminar de Zavascki atende a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) que apontou "11 atos" que justificavam a saída de Cunha do cargo. O procurador-geral, Rodrigo Janot, classificou o deputado de "delinquente" e o acusou de interferir nas investigações da Operação Lava Jato, da qual ele é réu no Supremo.
Vale lembrar que um processo que pede a cassação do mandato de Cunha se arrasta na Comissão de Ética da Câmara. Desde o fim do ano passado, o deputado tem conseguido, por meio de manobras regimentais orquestradas por aliados dele, postergar o julgamento da ação.
Ele é acusado de ter se beneficiado com pelo menos US$ 5 milhões em propinas de contratos da Petrobras. Já está provado que o dinheiro estava em contas não declaradas em um banco suíço. Além disso, o nome de Eduardo Cunha aparece em diversas delações premiadas.
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Apesar do afastamento, o peemedebista permanece com foro privilegiado. Isso significa que as investigações contra ele permanecem no Supremo.
A presidência da Câmara passa a ser ocupada pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA), também investigado na Operação Lava Jato e aliado de Cunha
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