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quinta-feira, 20 de março de 2014

Ucrânia planeja retirar soldados da Crimeia.



Ação ocorre um dia após presidente russo assinar o tratado de anexação da província à Rússia. EUA alertam sobre sanções

O governo da Ucrânia disse nesta quarta-feira (19) que começou a esboçar planos para retirar suas tropas da Crimeia, território que a Rússia vem tomando controle gradualmente à medida que suas Forças Armadas capturam instalações militares em toda a disputada península.
AP
Pessoas marcham em apoio à anexação da Crimeia pela Rússia em Moscou (18/3)
Em um alerta para Moscou, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que os EUA responderão a qualquer agressão contra seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que inclui os vizinhos da Rússia.
Posicionando-se lado a lado com alguns líderes dos Bálcãs em Vilnius, Lituânia, Biden afirmou que os EUA estão "absolutamente comprometidos" em defender seus aliados, acrescentando que o presidente Barack Obama planeja buscar compromissos concretos de membros da Otan para assegurar que a aliança pode garantir sua segurança coletiva.
"A Rússia não pode escapar do fato de que o mundo está mudando e rejeita veementemente seu comportamento", disse Biden depois de se reunir em Vilnius com a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, e o presidente da Letônia, Andris Berzins.
Militares ucranianos, em desvantagem na Criméia, estão sob crescente pressão desde que a região foi nominalmente incorporada à Rússia na terça-feira (18). O secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa Andriy Parubiy disse que a Ucrânia vai buscar o apoio das Nações Unidas para transformar a província em uma zona desmilitarizada.
Mais cedo nesta quarta, tropas de língua russa mascaradas tomaram o controle sobre a sede naval da Ucrânia, na cidade de Sevastopol. Um comandante da Marinha ucraniana também foi detido durante a operação.
Confira fotos da presença militar russa na Crimeia
Homens armados não identificados caminham em área perto de unidade militar ucraniana em Simferopol, Crimeia (18/3). Foto: AP
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Presidente russo após anexar região: 'A Crimeia sempre fez parte da Rússia'
A ação, que aconteceu um dia depois de os líderes da península estratégica no Mar Negro terem assinado com a Rússia um tratado para que a área seja anexada pela Rússia, é o sinal mais claro até agora de que soldados russos, e as chamada unidades de "autodefesa" formadas na maioria por voluntários desarmados que apoiam os russos, começaram a tomar o controle de instalações militares ucranianas na região.
O tratado foi assinado dois dias depois de a Crimeia, cuja população é quase 60% de etnia russa, ter aprovado em referendo no domingo a separação da Ucrânia e a anexação pela Rússia. Autoridades da península e da Rússia dizem que a votação mostra o avassalador apoio público à entrada na Rússia, com 97% dos eleitores a favor.
Mas o Ocidente e o governo ucraniano em Kiev dizem que o referendo - organizado em menos de duas semanas e boicotado por muitos das minorias ucraniana e tártara da Crimeia - foi ilegal, afirmando que seus resultados não serão reconhecidos. Nesta quarta-feira, a corte constitucional russa aprovou o tratado como legal.
Há informações de que o ministro ucraniano da Defesa, Ihor Tenyukh, recebeu a ordem de ir à Crimeia em meio ao aumento das tensões. A agência de notícias russa Interfax citou o premiê da Crimeia, Sergei Aksyonov, que está em Moscou, afirmando: "Ninguém os deixará entrar na Crimeia; eles terão de retornar."
Pouco após o incidente, o ministro interino da Defesa da Ucrânia, Ihor Tenyukh, disse em Kiev que as forças do país não vão se retirar da Crimeia apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, ter assinado um tratado anexando a região à Rússia. O tratado deve ser aprovado pelo Parlamento russo em votação na sexta-feira.
Um oficial dentro da base de Sevastopol disse que cerca de 200 ativistas pró-Rússia quebraram as grades e entraram no local usando uma ambulância.
O destino dos militares ucranianos no complexo não está claro, uma vez que repórteres não foram autorizados a entrar na base e só podiam ver umas pequenas partes do local. Mas testemunhas disseram que não houve nenhum tiro disparado quando as forças pró-russas entraram.
Sanções
Na segunda, os EUA e a União Europeia impuseram sanções contra vários oficiais da Rússia e da Ucrânia acusados de envolvimento nas ações de Moscou na Crimeia. Bruxelas e a Casa Branca disseram que as sanções serão expandidas agora que o tratado de anexação foi assinado. Moscou alertou que isso é "inaceitável e não ficará sem ter consequências".
A crise na Ucrânia começou em novembro, depois que o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovych abriu mão de um acordo com a UE para criar vínculos mais próximos com Moscou. Ele fugiu de Kiev em 22 de fevereiro, depois de protestos deixarem mais de 80 mortos. A Crimeia faz parte da Ucrânia desde 1954, mas tem uma população predominantemente russa.
As forças pró-Rússia efetivamente tomaram controle da península no final de fevereiro, com homens armados capturando prédios, incluindo o Parlamento. O premiê regional foi destituído em 27 de fevereiro por um voto de não confiança e substituído pelo líder pró-Moscou Sergei Aksyonov, que chefia o pequeno partido da Unidade Russa, que convocou o referendo.

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