Ele usou trecho de 'Beijinho no ombro' em comissão da Agenda Brasil. Segundo o senador, 'tiro, porrada e bomba' não 'reerguem nações'.
01/09/2015 18h30 - Atualizado em 01/09/2015 18h56
Por João Cláudio Netto
Da TV Globo, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), citou nesta terça-feira (1º) trecho da música "Beijinho no ombro", da cantora Valesca Popozuda, para pedir "sensatez e serenidade" para que o país possa solucionar a crise econômica. Para o peemedebista, "tiro, porrada e bomba [...] não reerguem nações."
Renan citou a música ao participar da instalação da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, encarregada de dinamizar a chamada Agenda Brasil – conjunto de propostas apresentadas por ele ao governo federal para reaquecer a economia.
As 42 propostas elaboradas pelo Senado estão divididas em quatro eixos: melhoria do ambiente de negócios e infraestrutura, equilíbrio fiscal, proteção social e reforma administrativa e do Estado. Veja a lista completa de propostas da Agenda Brasil.
"Tiro, porrada e bomba, para utilizar uma expressão tão contemporânea da música brasileira, não reerguem nações. Espalham ruína e, lamentavelmente, só ampliam os escombros. Nós não seremos sabotadores da nação e nem agentes de mais instabilidade", disse Renan.
"Não somos e nem seremos narradores impessoais desse precipício. A crise atual não é apocalíptica. Mas exige de todos sensatez e serenidade em busca de saídas", complementou o presidente do Senado.
Durante a instalação da comissão, o presidente do Senado voltou a dizer que o governo tem "prazo de validade" e que é preciso pensar no país. Mais cedo, Renan se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Segundo o presidente do Senado, a conversa foi "muito boa". Ele disse a jornalistas que pediu "apoio incondicional" do governo à Agenda Brasil.
“A Agenda, como todos sabem, é para a nação e desautoriza devaneios políticos. Não sou governista, não sou oposicionista, sou presidente de uma instituição que deseja fazer parte e ser facilitadora de uma saída para o Brasil. Esta não é, já disse, queria repetir, uma tentativa de aproximação política com ninguém. Mas de afastamento da crise. Governo tem prazo de validade. O país não, não tem prazo de validade", disse Renan aos senadores presentes na comissão.
Orçamento
Também nesta terça, Renan afirmou que não ogita devolver a proposta de Orçamento de 2016 ao Palácio do Planalto, como reivindicaram parlamentares da oposição. A oposição pediu formalmente que Renan devolva a peça orçamentária que prevê um déficit de R$ 30,5 bilhões para o próximo ano.
"Eu vou conversar com a oposição, recolherei seus argumentos, mas desde ontem [segunda] eu digo que eu não cogito devolver a proposta orçamentária. Eu acho que é papel do Congresso Nacional melhorá-la, dar qualidade a ela. E cabe ao governo federal sugerir caminhos para a solução do déficit", ressaltou Renan.
Comissão
A Comissão de Desenvolvimento Nacional, criada para tratar as propostas da Agenda Brasil, será presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). A vice-presidência da comissão ficou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e a relatoria ficou a cargo de Blairo Maggi (PR-MT).
A comissão da Agenda Brasil não terá de apresentar um relatório final, mas Blairo Maggi afirmou que pretende apresentar relatórios parciais para que as propostas sejam votadas com "celeridade" no plenário do Senado.
"Não haverá um relatório final. À medida que eu receber uma demanda, vou fazer um relatório, com celeridade, para que o projeto seja votado em plenário. Espero que, dentro de duas semanas, encaminhemos uma proposta para apreciação em plenário", projetou o relator.
"O momento econômico que o país atravessa pede essa rapidez na aprovação de projetos. Temos boas propostas na Agenda Brasil, precisamos de rapidez, mas é preciso discutir bem cada ponto", acrescentou Maggi.
Ainda não há data definida para a próxima reunião do colegiado, mas segundo Blairo Maggi, o próximo encontro deve ser realizado na próxima semana.
01/09/2015 18h30 - Atualizado em 01/09/2015 18h56
Por João Cláudio Netto
Da TV Globo, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), citou nesta terça-feira (1º) trecho da música "Beijinho no ombro", da cantora Valesca Popozuda, para pedir "sensatez e serenidade" para que o país possa solucionar a crise econômica. Para o peemedebista, "tiro, porrada e bomba [...] não reerguem nações."
Renan citou a música ao participar da instalação da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, encarregada de dinamizar a chamada Agenda Brasil – conjunto de propostas apresentadas por ele ao governo federal para reaquecer a economia.
As 42 propostas elaboradas pelo Senado estão divididas em quatro eixos: melhoria do ambiente de negócios e infraestrutura, equilíbrio fiscal, proteção social e reforma administrativa e do Estado. Veja a lista completa de propostas da Agenda Brasil.
"Tiro, porrada e bomba, para utilizar uma expressão tão contemporânea da música brasileira, não reerguem nações. Espalham ruína e, lamentavelmente, só ampliam os escombros. Nós não seremos sabotadores da nação e nem agentes de mais instabilidade", disse Renan.
"Não somos e nem seremos narradores impessoais desse precipício. A crise atual não é apocalíptica. Mas exige de todos sensatez e serenidade em busca de saídas", complementou o presidente do Senado.
Durante a instalação da comissão, o presidente do Senado voltou a dizer que o governo tem "prazo de validade" e que é preciso pensar no país. Mais cedo, Renan se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Segundo o presidente do Senado, a conversa foi "muito boa". Ele disse a jornalistas que pediu "apoio incondicional" do governo à Agenda Brasil.
“A Agenda, como todos sabem, é para a nação e desautoriza devaneios políticos. Não sou governista, não sou oposicionista, sou presidente de uma instituição que deseja fazer parte e ser facilitadora de uma saída para o Brasil. Esta não é, já disse, queria repetir, uma tentativa de aproximação política com ninguém. Mas de afastamento da crise. Governo tem prazo de validade. O país não, não tem prazo de validade", disse Renan aos senadores presentes na comissão.
Orçamento
Também nesta terça, Renan afirmou que não ogita devolver a proposta de Orçamento de 2016 ao Palácio do Planalto, como reivindicaram parlamentares da oposição. A oposição pediu formalmente que Renan devolva a peça orçamentária que prevê um déficit de R$ 30,5 bilhões para o próximo ano.
"Eu vou conversar com a oposição, recolherei seus argumentos, mas desde ontem [segunda] eu digo que eu não cogito devolver a proposta orçamentária. Eu acho que é papel do Congresso Nacional melhorá-la, dar qualidade a ela. E cabe ao governo federal sugerir caminhos para a solução do déficit", ressaltou Renan.
Comissão
A Comissão de Desenvolvimento Nacional, criada para tratar as propostas da Agenda Brasil, será presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). A vice-presidência da comissão ficou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e a relatoria ficou a cargo de Blairo Maggi (PR-MT).
A comissão da Agenda Brasil não terá de apresentar um relatório final, mas Blairo Maggi afirmou que pretende apresentar relatórios parciais para que as propostas sejam votadas com "celeridade" no plenário do Senado.
"Não haverá um relatório final. À medida que eu receber uma demanda, vou fazer um relatório, com celeridade, para que o projeto seja votado em plenário. Espero que, dentro de duas semanas, encaminhemos uma proposta para apreciação em plenário", projetou o relator.
"O momento econômico que o país atravessa pede essa rapidez na aprovação de projetos. Temos boas propostas na Agenda Brasil, precisamos de rapidez, mas é preciso discutir bem cada ponto", acrescentou Maggi.
Ainda não há data definida para a próxima reunião do colegiado, mas segundo Blairo Maggi, o próximo encontro deve ser realizado na próxima semana.
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