Homem estava internado no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
O pedreiro de 57 anos José Carlos da Silva, que foi internado no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), morreu depois de 10 dias aguardando por um exame de tomografia. A unidade de saúde onde ele estava tem o equipamento para a realização do procedimento que o homem precisava, mas o aparelho estava desligado e só voltou a funcionar na quarta-feira (21), poucas horas antes do homem morrer.
A família e os amigos do pedreiro José Carlos da Silva ainda tentaram transferi-lo para outro hospital, mas não conseguiram. Um neurologista da unidade médica também chegou a encaminhar para a regulação um pedido de urgência na transferência, mas ela não ocorreu. A tomografia computadorizada é o único exame que dá diagnósticos precisos de doenças como AVC.
"Tentei, tentei muito salvar a vida do meu pai, só que não consegui. Eles falavam que tinha que esperar e foi nisso que deu", disse o filho de José, o motorista Witanaan da Silva.
A manicure Maria dos Reis, mulher do pedreiro, ficou inconformada com a situação. "Perdi um marido, um amigo, um irmão, um colega. Eu perdi tudo em minha vida. Agora, só me resta os filhos", disse, bastante emocionada, após saber da morte do homem.
O tomógrafo do Hospital Menandro de Faria estava há mais de dois meses aguardando para ser instalado, segundo a própria direção da unidade médica. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) já havia informado, antes de o homem morrer, que o equipamento estava em fase de teste, mas não disse quando funcionaria.
Sobre os motivos pelos quais o paciente não foi transferido, a Sesab informou que não comenta conduta médica e nem passa informações do protuário de pacientes por motivo de sigilo.
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