Os Correios anunciaram na última sexta-feira o fim do e-Sedex, serviço de encomenda expressa para produtos do comércio eletrônico. A partir desta segunda-feira, os varejistas do e-commerce não poderão mais optar pelo serviço. Segundo a empresa, a decisão é em virtude da aprovação da nova política comercial dos Correios.
Como alternativa, a empresa aconselhou que as postagens sejam feitas por Sedex ou PAC. Desde o ano passado, os Correios vêm anunciando a intenção de extinguir o serviço de e-Sedex, atitude mal recebida pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Na época, o presidente da associação, Maurício Salvador, afirmou que a notícia era ‘muito ruim’. “Trará um aumento de preços imediato no frete e uma redução da qualidade. Quem vai pagar essa conta com os varejistas será o consumidor final”.
Os Correios também afirmaram que prosseguem com a implementação do novo serviço Correios Log, mais conhecido como e-Fulfillment, que, segundo a empresa, possibilita à loja virtual ter toda a sua operação de armazenamento, preparação de pedido, postagem e logística completamente realizada pelos Correios.
Segundo a empresa, as mudanças da nova política comercial visa atender melhor o comércio eletrônico. “Mantendo o compromisso de transparência com os seus clientes, os Correios reforçam a parceria com o comércio eletrônico, e afirmam que continuarão a ser a empresa mais acessível ao e-commerce em todo o Brasil”.
Entretanto, no final de 2016, o diretor de logística do Mercado Livre, Leandro Bassoi, declarou que a medida levaria a uma concentração de mercado, reduzindo o espaço dos pequenos sites. “Hoje, sem uma média de cem entregas por dia, você não consegue ter acesso a uma transportadora privada. O fim do e-Sedex prejudica muito os pequenos e médios empreendedores.”
O e-Sedex é considerado a principal alternativa para entrega rápida de encomendas no varejo online, uma vez que utiliza a mesma estrutura de entregas expressas comuns, mas custa entre 20% e 30% menos do que o Sedex tradicional.
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