Marco Aurélio informou que deverá levar a julgamento na próxima terça o pedido de prisão do tucano; Ministério Público denunciou Aécio por 2 crimes e pediu prisão preventiva.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta terça-feira (13) que deverá levar a julgamento na próxima terça (20) o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Marco Aurélio é o relator do inquérito que investiga o tucano.
O caso será analisado pela Primeira Turma do Supremo, formada por Marco Aurélio Mello e os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
Além do pedido de prisão, apresentado pela Procuradoria Geral da República, a Primeira Turma do STF deverá examinar um pedido da defesa de Aécio para que ele retorne ao exercício do mandato, do qual foi afastado em maio por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato.
A prisão e o afastamento de Aécio Neves foram pedidos, segundo a PGR, para evitar que ele atrapalhe as investigações.
O senador é já foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Desde que surgiram as delações de executivos da JBS e os pedidos do Ministério Público, Aécio tem negado em notas à imprensa e em vídeos nas redes sociais todas as acusações.
O senador afastado diz, por exemplo, que é vítima de "armação"; afirma que não atuou para beneficiar a JBS; e diz também que provará a inocência dele.
Além de estar afastado do mandato parlamentar, Aécio, que se licenciou da presidência do PSDB, foi proibido de ter contato com outros investigados e de deixar o país.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Edson Fachin, que inicialmente supervisionava as investigações. O caso foi repassado a Marco Aurélio por não ter relação com os desvios na Petrobras, foco da Lava Jato.
Andrea Neves
Nesta terça, a Primeira Turma do STF negou, por 3 votos a 2, pedido de liberdade apresentado pela defesa de Andrea Neves, irmã de Aécio. Ela foi presa pela Polícia Federal no dia 18 de maio.
A maioria dos ministros da Primeira Turma considerou que ainda há risco de cometimento de novos crimes e decidiu manter a prisão preventiva, decretada antes de um julgamento sobre as acusações.
Relator do pedido de liberdade, Marco Aurélio votou pela soltura, mas ficou vencido.
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