Pesquisadores usaram dados das pessoas mais velhas já registradas em quatro países desde 1968 e chegaram à conclusão que limite mundial de idade ainda não foi estabelecido.
Um novo estudo publicado pela revista "Nature" nesta quarta-feira (28) diz que não está estabelecido -- pelo menos até agora -- um limite de tempo de vida para os seres humanos.
O artigo contradiz um outro trabalho publicado pela mesma revista em outubro de 2016, que dizia que ninguém é capaz de bater o recorde de 122 anos e que o limite deve girar em torno dos 115 anos.
Desta vez, os pesquisadores Bryan G. Hughes e Siegfried Hekimi trazem histórias como a da italiana Emma Morano, que faleceu em abril deste ano, e da francesa Jeanne Calment, com 122 anos. Além disso, analisaram o tempo de vida dos indivíduos mais velhos registrados nos Estados Unidos, Reuno Unido, França e Japão desde 1968.
Hughes e Hekimi dizem não ter encontrado evidências de que haja um limite de tempo de vida e que, caso ele exista, ele nunca foi alcançado ou identificado.
"Nós simplesmente não sabemos qual é o limite de idade. De fato, ao ampliar as linhas de tendência de vida, conseguimos mostrar que a expectativa de vida máxima e a média poderiam continuar a aumentar até o futuro", disse Hekimi.
O artigo mostra a evolução da expectativa de vida no Canadá: em 1920, um cidadão do país esperava viver até os 60 anos; em 1980, a ideia era morrer até os 76 anos; hoje, até os 82 anos. De acordo com esse novo estudo, o tempo máximo de vida dos humanos segue a mesma tendência.
Segundo Hekimi, é impossível prever a expectativa de vida dos seres humanos no futuro. Ele lembra que alguns cientistas argumentam usando a tecnologia, as intervenções médicas, e as melhorias nas condições de vida como fatores que podem ajudar a aumentar o limite máximo de idade.
"É difícil adivinhar", avalia Hekimi. "Trezentos anos atrás, muitas pessoas tinham apenas vidas curtas. Se alguém dissesse que um dia a maioria dos seres humanos iria chegar aos 100 anos, eles diriam que a pessoa estava louca".
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