BRASÍLIA - A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz em julho será amarela, ou seja, com cobrança extra de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira amarela é ativada quando é preciso acionar mais usinas termelétricas, por causa da falta de chuvas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A situação dos reservatórios de energia, um dos indicadores para a formação dos preços, é mais preocupante do Nordeste. Na região, os reservatórios operam com 17,91% da capacidade. No Sudeste e no Centro Oeste juntos, o nível de armazenamento está em 42,28%; e no Sul, a situação é mais tranquila: 93,75% da capacidade de armazenamento dos reservatórios.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.No mês passado, a bandeira tarifária foi verde, sem custo extra para os consumidores. Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia acionado o patamar 1 da bandeira vermelha, com acréscimo de R$ 3 a cada 100 KWh consumidos, em consequência do baixo volume de chuvas e da necessidade de acionar usinas termelétricas para suprir o consumo de energia. No fim de maio, o forte volume de chuvas, principalmente na região Sul do país, derrubou os preços da energia e levou o governo a bandeira verde em junho. Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
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