Com ventos de 295 km/h, furacão de categoria 5 é o mais forte já registrado na bacia do Atlântico e irá atingir Ilhas Leeward antes de seguir para Porto Rico. Turistas e moradores receberam ordens para deixarem casas no sul dos EUA, onde ele deve chegar no sábado.
Por G1
Condados do sul da Flórida emitiram nesta terça (5) ordens de evacuação em antecipação à chegada do furacão Irma, que deve atingir o sul dos Estados Unidos no sábado. Irma, atualmente um furacão de categoria 5, é o mais forte já registrado na bacia do Atlântico, e deve atingir ainda na noite desta terça as Ilhas Leeward, no Caribe.
No condado de Monroe, os turistas devem sair a partir das 7 horas da manhã de quarta e os moradores terão 12 horas extras para deixar o local. Em Miami-Dade as ordens de evacuação mandatória também começam a valer na quarta. No condado de Broward não foi emitida uma ordem de evacuação, mas abrigos estarão abertos a partir de quinta-feira. Em Palm Beach, uma reunião na quarta definirá o funcionamento de abrigos e se os turistas e moradores serão obrigados a deixar suas casas.
Segundo o boletim das 18 horas (horário de Brasília) do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), o centro “extremamente perigoso” do Irma irá atingir partes do norte das Ilhas Leeward na noite de terça e madrugada de quarta, chegando de manhã às Ilhas Virgens e atingindo Porto Rico no final da tarde e noite da quarta-feira.
Naquele horário, os ventos registrados eram de 295 km/h, com rajadas ainda mais elevadas. Irma ocupa a categoria mais elevada da escala Saffir-Simpson, reservada a furacões com ventos acima de 251 km/h, e deve permanecer na categoria 5 ou variar para a 4 nos próximos dias, demorando para perder a força.
No entanto, diferente do Harvey, que atingiu principalmente o Texas na semana passada, ele se locomove rapidamente, e por isso não deve provocar estragos do mesmo tipo, com alagamentos como os que ocorreram no estado americano. Ainda assim, o NHC prevê que Irma seja “potencialmente catastrófico” especialmente para as ilhas caribenhas.
A Agência para Gestão de Emergências em Desastres do Caribe (Cdema, na sigla em inglês), com sede em Barbados, iniciou um plano regional de resposta diante da chegada do Irma, segundo a agência EFE.
As ilhas de Antígua e Barbuda, Dominica, São Cristóvão e Neves, Pequenas Antilhas e Bahamas estão em estado de emergência, assim como as Ilhas Virgens Americanas e as Ilhas Virgens Britânicas. Porto Rico e o estado americano da Flórida também já tinham decretado estado de emergência na segunda-feira.
Na República Dominicana, foram decretados diferentes níveis de alerta: vermelho (máximo) para oito das 32 províncias do país; enquanto 14 estão em amarelo (intermediário) e as dez restantes se encontram em alerta verde (mínimo).
Cruz Vermelha
A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR) afirmou nesta terça que está se preparando para uma "grande" resposta humanitária ao Irma. Segundo a FICR, um dos maiores desafios será o logístico, dado o isolamento de algumas ilhas.
De acordo com a EFE, a FICR já mobilizou voluntários nas possíveis áreas afetadas e distribui mensagens de conscientização ao público sobre como agir.
As sociedades da Cruz vermelha têm provisões de ajuda humanitária no Panamá e na República Dominicana para garantir uma resposta imediata caso seja necessário.
A FICR liberou ainda mais de US$ 125 mil do seu Fundo para a Resposta de Emergência a Desastres com o objetivo de apoiar a preparação da Cruz vermelha em Antígua e Barbuda e em São Cristóvão e Nevis, e está pronta para destinar mais financiamento à assistência humanitária no futuro se for necessário.
Segundo furacão em duas semanas
O Irma será o segundo poderoso furacão a atingir os Estados Unidos e seus territórios em duas semanas.
Moradores do Texas e Louisiana ainda estão se recuperando dos eventos catastróficos do furacão Harvey, que atingiu o Texas como um furacão de categoria 4 em 25 de agosto. As chuvas torrenciais provocaram inundações, destruíram milhares de casas e deixaram ao menos 1 milhão de desabrigados.
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