Para agradecer e retribuir tudo que tem, Godofredo criou curso preparatório para os jovens que sonham com uma vaga no serviço público.
Godofredo trabalhava como entregador numa farmácia, em Goiânia - até ir pra capital. Se formou como administrador de empresas na Universidade de Brasília, a UNB. Sem pagar nada por isso, fez mestrado. Virou professor. Aos 32 anos, empresário, tem 98 funcionários.
O que eu poderia fazer para retribuir tudo o que Brasília fez por mim? Pensava: ‘eu posso ir ali na esquina distribuir um pão’, mas eu preferi dar uma coisa que ninguém pode tirar das pessoas, que é o que? O conhecimento”, conta.
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Nos últimos cinco anos, ele começou a pagar a dívida. Godofredo criou um cursinho que prepara candidatos ao serviço público.
Desempregados, estudantes e recém-formados madrugam na fila para não perder a vaga tão esperada.
“Você não paga um real pelas aulas, você não paga pelo material, você não paga por nada”, diz o empresário.
Quase três mil alunos já fizeram o cursinho, que tem 12 professores, todos voluntários. O prazer de ensinar fica evidente nas aulas de matemática. E a procura é muito grande.
O Godofredo também não tinha dinheiro para os estudos. Mas a mãe deu força pra tentar uma universidade pública. Quinze anos atrás, ele chegou ao Distrito Federal com a cara e a coragem. Todo o esforço foi recompensado. Inclusive o da Dona Maria.
Agradecer e retribuir. Exatamente como Godofredo, a Carla não quer benefícios só pra ela. Ela participa de ações sociais no sol nascente - estendendo a corrente do bem pela comunidade.
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