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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Tragédia na boate Kiss completa dois anos e até agora ninguém foi preso

Ao todo, 242 pessoas morreram, a maioria jovens.
Famílias vivem à espera de justiça, mas até agora ninguém foi condenado.

Vanessa BackesSanta Maria, RS
O aniversário de uma tragédia. O incêndio na boate Kiss, no município gaúcho de Santa Maria, completou, dois anos. Duzentas e quarenta e duas pessoas morreram, a maioria jovens.
As famílias das vítimas vivem à espera de justiça, mas até agora ninguém foi condenado pelo crime.
Há dois anos, Ildo Toniollo viveu o maior drama de sua vida, perdeu a filha, que tinha apenas 23 anos, no incêndio na boate Kiss. A dor nunca passou, ele diz, e acha que só vai ter paz quando alguém for punido pela morte de Leandra. “Se realmente houver um julgamento que defina isso aí, vai trazer alívio, sim, vai trazer paz ao coração das pessoas”.
Os réus acusados de homicídio, dois sócios da boate e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, chegaram a ser presos, mas agora esperam o julgamento em liberdade. Outras 49 pessoas respondem por crimes cometidos antes da tragédia, entre elas, nove bombeiros. A suspeita é de que documentos tenham sido fraudados para garantir que a boate fosse aberta.
Memória
Foi na madrugada de 27 de janeiro de 2013. O incêndio na boate Kiss matou 242 jovens, que participavam de uma festa universitária. A banda Gurizada Fandangueira usou um sinalizador para efeitos pirotécnicos, o fogo atingiu o teto da casa noturna e se espalhou rapidamente.
Todas as mortes ocorridas dentro da boate foram causadas por asfixia, segundo o Departamento Médico Legal de Santa Maria.
Tramitação
Até agora, a Justiça já ouviu 111 sobreviventes e 57 testemunhas, 42 indicadas pela defesa. “A gente está em uma maratona de depoimentos e vários desses depoimentos e testemunhas são completamente inúteis. É para ganhar tempo, é para enrolar”, afirma Ricardo Jobim, assistente de acusação.
A defesa de cada réu pode indicar 16 testemunhas. Os julgamentos ainda não têm data pra acontecer. “A gente está exercendo o direito que temos. Quanto ao número de testemunhas, foi o número que o juiz estipulou”, explica Omar Obregon, um dos advogados de defesa.
Desdobramentos
Em dezembro, o prédio onde funcionava a Kiss passou por uma descontaminação, depois que um levantamento apontou mais de 200 substâncias tóxicas no local. Todos os pertences encontrados, como sapatos, roupas e relógios, estão em tonéis e sacolas plásticas e devem ficar dentro da boate até que a Justiça defina quem vai pagar pela limpeza do material. Do lado de fora, o pedido de justiça permanece.
A Associação de Famílias das Vítimas vai enviar uma carta ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, pedindo que a entidade acompanhe o trabalho da justiça brasileira. O temor é que os responsáveis não sejam punidos.
Uma vigília de memória e protesto foi organizada em frente ao prédio da boate. Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja como foi.
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