Segundo o sindicato, os ônibus ficarão parados na garagem a partir das 4h
Os rodoviários de Salvador decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (14) paralisar as atividades nas primeiras horas da quarta-feira, em ato coordenado com a greve geral convocada pelos movimentos trabalhistas em protesto contra o projeto de lei da terceirização.
(Foto: Geo Reis)
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Segundo o sindicato, os ônibus ficarão parados na garagem a partir das 4h e voltam a circular normalmente a partir das 8h, retornando à normalidade de maneira gradual.
O secretário de Transporte, Fábio Mota, disse que acompanhou de perto a decisão dos rodoviários e que negociou para que a paralisação acontecesse pela manhã, e não no meio da tarde, como planejado inicialmente. Diz ainda que negocia para que não seja toda a categoria a paralisar as atividades no início desta quarta. "Nossa expectativa é que não chegue a 100% (de adesão)", afirma.
Também vão parar nesta quarta os professores das redes estadual e municipal, segundo o presidente da APLB, Rui Oliveira. Outra categoria que vai parar, em nível estadual, são os médicos ligados ao Sindimed e ao Sindsaúde. Eles só irão atender casos de emergência e de urgência. A categoria está em negociação para reajuste e decidiu aderir à manifestação de 24h. Eles fazem concentração na Assembleia Legislativa e caminhada até a Governadoria a partir das 9h.
Já o Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza também divulgou nota informando que vai participar das manifestações. O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APLB) também decidiu em assembleia participar da paralisação nacional amanhã. Às 8h, eles farão ato em frente à reitoria da Ufba e às 15h se unem à manifestação geral dos trabalhadores.
Os bancários decidiram em assembleia na noite desta terça aderir ao protesto. Segundo o sindicato, as agências da avenida Sete e do Comércio permanecerão fechadas nesta quarta. As demais terão abertura atrasada. A partir das 15h, os bancários seguem para o Campo Grande para o grande protesto de trabalhadores.
Segundo Augusto Nunes, vice-presidente do Sindicato dos Bancários, não há uma definição precisa de quanto tempo cada agência irá demorar para abrir. "Depende da região, mas vai haver um retardo da abertura da agência de uma a duas horas. A nossa orientação é exatamente essa, que a partir das 15h, os trabalhadores sigam para o Campo Grande", informou. Segundo ele, atos vão acontecer em grandes cidades baianas como Jequié, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Feira de Santana, Itaberaba, Juazeiro, Barreiras, Jacobina, Irecê entre outras.
A grande caminhada deve reunir vários trabalhadores de diversas categorias saindo do Campo Grande e seguindo até a Praça Municipal de Salvador.
Os trabalhadores protestam contra o Projeto de Lei 4330/2004, aprovado na quarta pela Câmara dos Deputados, depois de 11 anos de tramitação, que organiza o trabalho terceirizado no país.
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