Docentes são contra lei que altera regras do regime próprio de previdência.
Na quarta-feira (29) professores e PMs entraram em conflito em Curitiba.
Os professores da rede estadual de ensino do Paraná realizarão na terça-feira (5) uma assembleia para definir se seguem ou não em greve. A data foi definida nesta quinta-feira (30) em uma reunião da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). A assembleia será em Curitiba às 15h. Por enquanto, não há local definido.
De acordo com o presidente do APP-Sindicato, Hermes Leão, até o dia da assembleia serão organizados atos simbólicos como passeatas para manifestar a indignação dos professores em relação à aprovação do projeto de lei que altera o custeio do regime da Previdência Social dos servidores do estado – ParanaPrevidência e, principalmente, em relação ao conflito registrado no Centro Cívico.
Um novo grupo de manifestantes volta a se concentrar no Centro Cívico de Curitiba nesta tarde. Centenas de pessoas estão em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, em solidariedade aos professores.
Um novo grupo de manifestantes volta a se concentrar no Centro Cívico de Curitiba nesta tarde. Centenas de pessoas estão em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, em solidariedade aos professores.
Este movimento foi convocado pelas redes sociais e não está atrelado ao sindicato, segundo Leão. “É um movimento voluntário, nós não convocamos. Parecem ser estudantes, mais jovens, uma iniciativa bacana”.
O conflito
Durante quase duas horas, perdurou um clima de tensão no Centro Cívico. Os professores, que estão em greve, protestaram durante três dias contra o projeto de lei que altera a forma de custeio do o regime próprio da Previdência Social dos servidores paranaenses – ParanaPrevidência. Terça e quarta-feira houve embate.
Durante quase duas horas, perdurou um clima de tensão no Centro Cívico. Os professores, que estão em greve, protestaram durante três dias contra o projeto de lei que altera a forma de custeio do o regime próprio da Previdência Social dos servidores paranaenses – ParanaPrevidência. Terça e quarta-feira houve embate.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) fez uso de bombas de efeito moral, spray de pimenta, balas de borracha e gás lacrimogênio para evitar a aproximação dos manifestantes que queriam assistir à sessão plenária.
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O comando-geral da PM afirmou que os policias reagiram à ação de manifestantes que forçaram a barreira policial.
Nesta manhã, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou 160 atendimentos devido ao conflito.
Nesta manhã, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou 160 atendimentos devido ao conflito.
A APP-Sindicato informou que registrou 230 feridos e que acredita que o número seja maior porque muitos procuraram atendimento por conta.
Segundo a Polícia Civil, 13 pessoas foram detidas no confronto. Entre elas professores, servidores de outras categorias e estudantes. A polícia não os considera black blocs.
Ainda conforme a polícia, eles portavam pedras, pedaços de pau e barras de ferro. Todos assinaram termo circunstanciado e foram liberados.
Entenda a greve e o conflito
A greve dos professores e o conflito em frente à Assembleia Legislativa são motivados pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a ParanaPrevidência. Os deputados estaduais aprovaram as modificações propostas pelo governador Beto Richa (PSDB) na quarta-feira (29), simultaneamente, ao conflito no Centro Cívico.
Em janeiro deste ano, a ParanaPrevidência pagava R$ 502.185.821,98 mensais em aposentadorias e pensões. É composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. Pela proposta, 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais serão transferidos do Fundo Financeiro para o Previdenciário.
A greve dos professores e o conflito em frente à Assembleia Legislativa são motivados pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a ParanaPrevidência. Os deputados estaduais aprovaram as modificações propostas pelo governador Beto Richa (PSDB) na quarta-feira (29), simultaneamente, ao conflito no Centro Cívico.
Em janeiro deste ano, a ParanaPrevidência pagava R$ 502.185.821,98 mensais em aposentadorias e pensões. É composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. Pela proposta, 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais serão transferidos do Fundo Financeiro para o Previdenciário.
O Fundo Financeiro é bancado pelo governo estadual. Já o Previdenciário é composto por contribuições dos servidores estaduais. Com essa mudança da origem do custeio, a administração economizaria mensalmente os referidos R$ 125 milhões.
O governo afirma que o Fundo Previdenciário está capitalizado em mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos. Afirma que serão preservadas todas as garantias dos funcionários públicos, e que os cálculos atuariais realizados pelos técnicos garantem a solvência do sistema por 29 anos.
Mas os servidores alegam que a mudança comprometeria a saúde financeira da ParanaPrevidência, ou seja, faria que, com o tempo, a instituição tivesse mais a pagar do que a receber.
O projeto do governo estadual prevê que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria a solvência do sistema por pelo menos 29 anos.
Em fevereiro, o governo estadual retirou um projeto apresentado na Assembleia e fez modificações antes de submetê-lo novamente à votação.
Suspeita de black bloc
O Governo do Paraná divulgou imagens do conflito entre professores e policiais no Centro Cívico de Curitiba que mostram a ação de pessoas que, segundo o governo, seriam black blocs – conhecidos por usarem máscaras e se infiltrarem em manifestações populares para promover o vandalismo.
O Governo do Paraná divulgou imagens do conflito entre professores e policiais no Centro Cívico de Curitiba que mostram a ação de pessoas que, segundo o governo, seriam black blocs – conhecidos por usarem máscaras e se infiltrarem em manifestações populares para promover o vandalismo.
As imagens divulgadas pelo governo mostram que a confusão começa com a derrubada de uma grade que cercava a Assembleia Legislativa. No material também aparecem pessoas pegando pedras da calçada para o confronto com a polícia.
Segundo a Polícia Civil, 13 pessoas foram detidas no confronto. Entre elas professores, servidores estaduais de outras categorias e estudantes.
Ainda conforme a polícia, eles portavam pedras, pedaços de pau e barras de ferro. Todos assinaram termo circunstanciado e foram liberados.
A policia não considera essas pessoas black blocs e diz que abriu um inquérito para apurar a participação de outras pessoas que incitaram e deram início ao confronto.
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