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segunda-feira, 22 de junho de 2015

"Ela não merecia isso", diz aluno de professora morta a tiros em assalto no centro

O secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, também foi ao sepultamento e destacou o caráter da profissional. "Deixou a lembrança de uma profissional muito dedicada e querida pelos seus colegas", disse
Gil Santos (gilvan.santos@redebahia.com.br)
Atualizado em 22/06/2015 07:39:17
  
A estudante Saloa Braide, 11 anos, não conseguia entender por que uma pessoa tão especial como a pró Ani teve a vida interrompida de forma tão violenta. Colega de turma dela, Victor Cerqueira, 11 anos, também não compreendia por que a sua professora preferida foi morta.
Os dois foram alunos da professora Anilene Santos Farias, 37 anos, no Colégio Maristas, onde ela ensinou durante 10 anos. Mesmo tendo perdido o contato diário, o carinho era tão grande que eles fizeram questão de pedir aos pais que os levassem para se despedir da pró ontem, no Cemitério Campo Santo, onde ela foi enterrada.
(Foto: Betto Jr.)
A dor que os alunos sentiam estava escancarada no semblante da servidora pública Argemira Mendes, que pedia justiça pela morte da filha. “Fica uma ausência e um vazio para a família. Eles mataram uma professora, uma pessoa que trabalhava em três turnos e era um exemplo de honestidade. A dor é muito grande”, lamentava. 
Para os colegas de profissão, Ani também deixou um vazio e um exemplo a ser seguido. “Ela era muito ética, muito correta. Lecionava em duas escolas, uma pública e outra particular, e tratava todos os alunos de maneira igual. Não era uma pessoa de brigar ou fazer grosseria. Era uma grande amiga”, disse a professora Cristina Matos, amiga de Ani há oito anos.
O secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, também foi ao sepultamento e destacou o caráter da profissional.  “Além de professora, ela tinha o papel de coordenadora pedagógica e era uma das lideranças na reestruturação do processo pedagógico. Ela estava animada com esse começo de trabalho. Deixou a lembrança de uma profissional muito dedicada e querida pelos seus colegas”, disse.
Mãe de Victor, ex-aluno da pró Ani, a farmacêutica Janine Cerqueira contou que a professora era muito atuante nas reuniões de pais e fazia questão de conversar com cada um deles sobre o desenvolvimento das crianças. “Ela era muito presente e exigia bastante deles, por isso era muito querida. Uma profissional exemplar”.
Antes do sepultamento foi realizada uma missa de corpo presente. Anilene não era casada, nem tinha filhos. Mas deixou muitos alunos e ex-alunos órfãos. “Ela não merecia isso”, disse Victor. Com um buquê de rosas nas mãos e o olhar atento, a estudante do 6º ano do ensino fundamental, Saloa Braide, 11 anos, não escondia a tristeza.
“Era uma pessoa muito especial pra mim, uma referência na sala de aula. Tratava todo mundo de maneira igual, por isso sentimos muita falta dela”, contou Saloa. Atualmente Anilene ensinava no Colégio Antônio Vieira, na escola municipal Adalgisa Souza Pinto, na Liberdade, e era coordenadora pedagógica na Gerência regional da Liberdade.
Ela foi morta anteontem à noite, quando chegava à casa do namorado, na Mouraria, e foi abordada por dois homens quando estacionava o carro, na frente do condomínio Residencial São Bento. Segundo o titular da 1ª Delegacia (Barris), Adailton Adan, um suspeito e algumas testemunhas já foram ouvidos, mas ninguém foi preso ainda.

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