Primeiro e terceiro menores foram sentenciados por até três anos.
Jaime Gold morreu dia 20 de maio, 1 dia após ser esfaqueado na Lagoa.
A juíza Michelle de Gouvêa Pestana Sampaio, da Vara da Infância e Juventude da Capital, condenou o primeiro e o terceiro menores apreendidos por envolvimento na morte do médico Jaime Gold, divulgou o Tribunal de Justiça do Rio em seu site na tarde desta segunda-feira (29).
De acordo com a sentença, os dois jovens deverão cumprir medidas socioeducativas e internação por até três anos. A medida, no entanto, será reavaliada a cada seis meses, para acompanhar o progresso dos adolescentes. Eles irão permanecer sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).
O segundo menor, apreendido por agentes da Divisão de Homicídios, foi absolvido. O processo corre em segredo de Justiça.
O G1 tentou entrar em contato com o advogado do primeiro menor, mas não obteve retorno após a publicação desta reportagem.
Investigação
Dois dias depois da morte de Jaime Gold, a polícia apreendeu em Manguinhos, Subúrbio do Rio, um adolescente de 16 anos por suposta participação no crime. Com 15 passagens pela polícia, o menor admitiu cometer roubos de bicicletas no entorno da Lagoa, mas negou envolvimento no caso do médico.
Na semana seguinte, outro adolescente, de 15 anos, se entregou à polícia. Ele admitiu o roubo a Gold e acusou o primeiro menor apreendido pelas facadas.A principal testemunha do caso disse à polícia que o autor da facada era um rapaz de pele clara. Ambos os adolescentes apreendidos são negros e, mesmo assim, a Divisão de Homicídios deu o caso como encerrado, apontando os dois menores como autores do latrocínio.
No dia 2 de junho, no entanto, um terceiro adolescente, de 17 anos, se apresentou à polícia, provocando uma reviravolta no caso. Ele confessou ser um dos dois que roubaram o médico, inocentou o primeiro menor detido e atribuiu ao segundo as facadas que mataram a vítima. Os três adolescentes foram mantidos em unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).
Nesta quarta-feira (17), em audiência realizada no Fórum de Olaria, os promotores Renato Lisboa e Luciana Benisti periam à Justiça a aplicação de medida socioeducativa apenas ao primeiro menor apreendido e a absolvição dos outros dois. Entretanto, a sentença divulgada nesta segunda também prevê a internação do terceiro menor.
Os dois representantes do Ministério Público alegaram pedido foi baseado no depoimento da principal testemunha, que teria reconhecido o primeiro menor apreendido como participante do crime. Apesar de os outros dois terem admitido participação no assalto, os promotores consideraram que só a confissão não pode ser prova de que eles, de fato, têm envolvimento no caso.
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