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segunda-feira, 29 de junho de 2015

EUA liberam importação de carne in natura do Brasil, diz ministra

Medida vale para 14 estados brasileiros. 
Decisão encerra restrição praticada há 15 anos, segundo ministério.

Do G1, em São Paulo
Os Estados Unidos liberaram a importação de carne in natura de 14 estados do Brasil, segundo a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. De acordo com o comunicado do ministério, a decisão encerra uma restrição praticada há 15 anos.
A medida, diz o texto, favorece a 95% da agroindústria exportadora brasileira. Agora caberá aos estados brasileiros se habilitarem para a venda de carne in natura ao mercado norte americano.
“Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária”, afirmou a ministra, segundo a nota.
“A presidente Dilma Rousseff tem dado todo o apoio à defesa agropecuária e colocou seu peso político nas negociações com os Estados Unidos para alcançarmos essa posição”, disse Kátia Abreu.
Há 15 anos, os Estados Unidos não importam carne in natura do Brasil e o desfecho da negociação desta segunda-feira é uma sinalização importante para a abertura de novos mercados. Os EUA são reconhecidos pela severa restrição ao ingresso de produtos no seu mercado doméstico.
Regulamentações
De acordo com a Reuters, o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está alterando suas regulamentações para permitir a importação de carne bovina não processada do Brasil e da Argentina sob algumas condições específicas que mitiguem o risco de transmissão de febre aftosa, disse a agência nesta segunda-feira.
"Este é o primeiro passo do processo para que estas regiões ganhem acesso ao mercado de carne bovina dos Estados Unidos", disse o serviço.
Brasil e Argentina também precisam atender padrões de segurança alimentar antes de serem definitivamente habilitados para qualquer embarque de carne bovina para os EUA.
A avaliação de riscos feita pela agência do USDA indica que a carne bovina, resfriada ou congelada, pode ser importada com segurança, contanto que certas condições sejam garantidas para evitar a chegada do vírus da febre aftosa aos EUA.
O USDA irá avaliar a equivalência dos programas de sanidade do Brasil e da Argentina com os dos EUA, além de um realizar uma auditoria presencial nos sistemas de segurança alimentar dos dois países. As regras demoram 60 dias para vigorarem, após a publicação no diário oficial norte-americano.
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