Na sentença, a juíza Patrícia Alvares Cruz chegou a chamar a dona de casa de "matadora serial de animais"
A Justiça paulista concedeu uma liminar (decisão provisória), nesta quinta-feira (25), revogando a prisão preventiva decretada contra a dona de casa Dalva Lina da Silva, condenada pela morte de mais de 30 gatos e cachorros.
Na decisão, a desembargadora Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida, da 10ª Câmara de Direito Criminal, destacou que ela é primária, possui bons antecedentes, tem residência fixa, ocupação lícita e tem respondido solta ao processo criminal.
Ela afirmou, ainda, que "a ré compareceu a todos os atos processuais e não há elementos que demonstrem a presença de requisitos da prisão preventiva".
A prisão tinha sido decretada no último dia 18, mesmo dia em que Dalva foi condenada a 12 anos e seis meses de prisão, em regime inicial semiaberto, por ter matado pelo menos 37 gatos e cachorros em janeiro de 2012, na região da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Na sentença, a juíza Patrícia Alvares Cruz chegou a chamá-la de "matadora serial de animais" e afirmou haver "forte indicativo de personalidade voltada à prática de atos violentos contra pessoas". Segundo o TJ, Dalva não chegou a ser presa, e agora poderá recorrer da condenação em liberdade.
O caso
Em 2012, um detetive particular foi contratado por uma ONG de proteção aos animais depois que voluntários passaram a desconfiar da mulher. Dalva recebia animais abandonados e depois eles desapareciam.
Ela foi flagrada colocando os sacos com animais mortos próximo ao portão de uma vizinha. Os 33 animais, na maioria filhotes, estavam enrolados em jornais e dentro de sacos de lixo.
Em depoimento, Dalva disse que sacrificava apenas os animais doentes. Na época, a polícia encontrou seringas no carro dela, além de gaiolas para transporte de animais e armadilhas na garagem da casa.
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