Evento teve doces, shows, ioga e contação de histórias neste domingo (5).
Organizadores cobram mais aplicação do estatuto no país.
Ioga para crianças, shows, ciranda, barracas de doces, contação de histórias. Este foi o cenário montado no Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo, neste domingo (5), para comemorar os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O evento foi promovido pela Prefeitura de São Paulo e por organizações não-governamentais.
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Com a música alta ao redor, Caio Maida, de 12 anos, lia um livro concentrado. O livro, "Brotherband", é do seu estilo favorito, livros de ficção. Ele e a mãe, Amanda Leal, vieram de Piracaia, há uma hora de São Paulo, para participar da comemoração.
Amanda faz parte de um projeto chamado "Piracaia na leitura", que implanta mini bibliotecas em ponto de ônibus. Ela contou que apresenta os livros para Caio desde que ele é pequeno. "Ele vivia rodeado de histórias. Hoje em dia é um leitor voraz".
O senador Eduardo Suplicy (PT) estava no evento e falou sobre a importância do estatuto. "É importante recordar que o ECA trouxe uma inovação muito importante para garantir os direitos humanos, de cidadania, de todas as crianças e adolescentes".
Ele também falou sobre a discussão sobre a diminuição da maioridade penal no país. "Hoje se procura diminuir a maioridade penal e eu acho que isso não é a solução mais adequada para diminuirmos a criminalidade e violência. O modo mais eficaz para diminuir a violência é prover a melhor oportunidade de educação para todas as crianças. Na medida do possível, oferecendo a educação em tempo integral."
Pedro Hartumg, 27 anos, faz parte do Instituto Alana, uma das organizações que promovem o evento junto com a prefeitura. Para ele, essa comemoração é para que as pessoas possam "entender a importância do ECA e vivenciar o ECA. Estamos vendo muita criança brincando, e está no ECA o direito da criança o brincar."
Para o organizador, o evento é importante porque "o projeto de país que o ECA propõe ainda não foi efetivado", disse Hartumg.
Ernesto Jimenes, 35 anos, veio com o filho de 1 ano do Bom Retiro para aproveitar o espaço. Ele reclama que há poucos lugares ao ar livre e grátis em São Paulo para brincar com crianças e conta que gostou das atividades oferecidas. "Dá ideia pra gente também. Tem brincadeira tão simples que a gente nem imagina".
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