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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

SALVADOR; 7 coisas que você não sabia sobre a Avenida Sete

CORREIO separou curiosidades sobre os 100 anos da Avenida Sete de Setembro
Alexandre Lyrio (alexandre.lyrio@redebahia.com.br)
Atualizado em 06/09/2015 20:29:10
  
- Por muito pouco a Avenida Sete não se chamou Avenida Dois de Julho. O primeiro projeto das obras previa duas novas avenidas: a Sete de Setembro e a Dois de Julho. Como esse projeto não saiu do papel e apenas a Avenida Sete seria construída, os baianos queriam que ela homenageasse a data magna da Bahia. Mas J.J Seabra bancou a Independência do Brasil. 
- Mais de 300 sobrados de famílias tradicionais foram derrubados com a obra, o que onerou muito o valor do projeto, avaliado em 8,7 mil contos de réis. Um terço desse custo foi destinado para desapropriações. 

Confira o especial sobre os 100 anos da Avenida Sete produzido pelo CORREIO 
- O trecho da via onde está o Mosteiro de São Bento tem largura três metros menor que o restante da Avenida Sete. É que, diferente das igrejas do Rosário e das Mercês, que tiveram suas fachadas frontais derrubadas, o São Bento foi poupado. A curva que existe hoje antes da descida da ladeira mostra que um desvio foi feito. A largura da pista tem 15 metros em vez de 18.  
Via em mão dupla em trecho da Aclamação na Avenida Sete, à noite,  década de 1930 
(Foto: Gregório de Matos/Divulgação)
- Boa parte do material utilizado na obra de construção da Avenida Sete teve de ser importado. O asfalto veio de São Valentino, na Itália. As vigas de ferro, 52 toneladas, vieram da Alemanha. Com eles foi feito o viaduto que liga a área da Aclamação à Vitória. O calçamento foi feito de pedras portuguesas estilo veneziano. A iluminação foi importada pela família Guinle, que comprou tudo da General Eletric, de Nova York. Trouxeram 600 postes com lâmpadas de última geração. 
- A arborização da Avenida Sete, um dos seus aspectos positivos até hoje, veio do Rio de Janeiro. Foram importados centenas de oitizeiros. As plantas se adaptaram muito bem e boa parte resiste de pé até hoje, especialmente no Corredor da Vitória. 
- As inovações criadas pelo arquiteto francês Georges Eugène Haussmann serviram de inspiração a J.J. Seabra e ao engenheiro Arlindo Fragoso para fazer a Avenida Sete. A ideia de Haussman, baseada em conceitos sanitaristas, era abrir grandes avenidas para arejar as cidades. 
- A mansão dos Clemente Mariani, localizada na Ladeira da Barra (portanto, Avenida Sete de Setembro) fica em um terreno de 61 mil m2, a segunda maior área de mata atlântica dentro de Salvador. A mansão é a última “roça”, como eram conhecidas as propriedades que existiam na ladeira à época.   

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