Felipe Nunes teve ideia após ser mal atendido em restaurante e lanchonete.
Talles Silva apresenta o produto a clientes e instala sistema do programa.
Entrar em um restaurante, fazer o pedido e fechar a conta sem precisar esperar pela atenção do garçom. Essa é a proposta de um aplicativo para celulares desenvolvido por dois jovens em Divinópolis. O "Fast Delivery" já é usado em dois estabelecimentos e já registrou 145 downloads. A meta é multiplicar por 15 até o fim do ano.
A ideia surgiu em 2013, quando o profissional de computação Felipe Nunes entrou em um restaurante no Centro para pedir um lanche. Mas, a presença dele só foi percebida pelo garçom 50 minutos depois. "Fui embora, à procura de outro lugar para comer", explicou.
O outro local escolhido foi uma lanchonete no Bairro Bom Pastor. "Depois que eu me sentei, demorei mais 40 minutos para ser atendido. Mais uma vez, resolvi ir embora. Constrangido, inclusive, porque fiquei levantando o braço para atendimento, em vão".
No caminho para casa, uma mistura de fome e revolta tomou conta de Felipe. Ele não conseguia entender o motivo do mau atendimento que recebeu nos dois estabelecimentos. "Passei alguns meses pensando em uma forma de resolver esse problema. Foi quando percebi que a resposta poderia estar na palma da mão, no celular", comentou.
Depois de criar um esboço do recurso, Felipe Nunes conversou com o empresário Rodrigo Bernardo Batista, mais conhecido como Nando Rosa, dono de um bar no Bairro Bom Pastor. "Perguntei o que ele achava da ideia e se tinha interesse em participar do projeto piloto sem qualquer custo, apenas com a vantagem de aprender a agregar valor ao atendimento por meio de um software", explicou.
A resposta positiva foi imediata, porque o dono do bar também já estava cansado de escutar reclamações de clientes sobre a qualidade do atendimento. "Naquela época eu já tinha emprego fixo. Era analista em tecnologia da informação em uma empresa e não poderia abrir mão do cargo para me dedicar exclusivamente ao projeto do aplicativo. Passei a trabalhar no desenvolvimento do programa depois do expediente", lembrou.
O criador do aplicativo detectou algumas falhas no projeto original, que serviram de alerta para correções. "Fiz as alterações necessárias e o aplicativo ficou bem melhor. Depois de um breve período de teste, começamos a receber contatos de outros estabelecimentos interessados no uso da tecnologia".
"O aplicativo ficou muito bom. Ele permite que o cliente acesse todo o nosso cardápio por meio do celular. Quando ele fecha o pedido, a solicitação já cai direto na cozinha. O garçom só precisa levar os produtos à mesa. Além disso, o suporte técnico oferecido pelos garotos é muito bom", avaliou o empresário Nando Rosa.
Hoje, Felipe Nunes tem dois clientes. Esse no Bairro Bom Pastor e outro no Bairro Interlagos. "Estamos com previsão para chegar a 15 novos clientes até o fim de 2015", comentou.
Parceria
Para fazer com que o aplicativo conquiste cada vez mais espaço, Felipe convidou um amigo para a empreitada. Talles Silva, estudante de ciências da computação, conversa com clientes e ensina o funcionamento do aplicativo. "Tenho feito contato direto com nosso público. Já tenho algumas apresentações marcadas com possíveis clientes, para apresentar o programa. Atuo na parte de suporte, inclusive no fim de semana. Instalo, nos computadores dos estabelecimentos, o programa que faz a comunicação entre os celulares e o computador do estabelecimento, onde estão os cardápios. Se alguém tem algum problema na rede que prejudica o uso do aplicativo, compareço para verificar. Já temos crachás e uniformes que nos identificam como representantes da marca Fast Delivery", explicou Talles.
Para fazer com que o aplicativo conquiste cada vez mais espaço, Felipe convidou um amigo para a empreitada. Talles Silva, estudante de ciências da computação, conversa com clientes e ensina o funcionamento do aplicativo. "Tenho feito contato direto com nosso público. Já tenho algumas apresentações marcadas com possíveis clientes, para apresentar o programa. Atuo na parte de suporte, inclusive no fim de semana. Instalo, nos computadores dos estabelecimentos, o programa que faz a comunicação entre os celulares e o computador do estabelecimento, onde estão os cardápios. Se alguém tem algum problema na rede que prejudica o uso do aplicativo, compareço para verificar. Já temos crachás e uniformes que nos identificam como representantes da marca Fast Delivery", explicou Talles.
O lucro da dupla é gerado por meio de assinaturas mensais, que os donos dos bares e restaurantes pagam para usar o aplicativo. "Temos consciência de que ainda estamos começando neste ramo e não queremos dar um passo maior que as pernas. Nossa meta é fazer sempre um trabalho de qualidade. Conversamos com os clientes pessoalmente, damos toda atenção e deixamos o sistema pronto para funcionar", acrescentou Felipe.
Um levantamento interno mostrou que o aplicativo tem tido audiência maior com o público que tem de 15 a 35 anos de idade. "O pessoal acima de 35 ainda tem certo receio de baixar e usar. Querem explicações sobre o funcionamento, a vantagem e segurança do produto. Por isso buscamos estar sempre à disposição, para explicar e ensinar a usar", pontuou Talles.
Nova versão
Uma nova versão do aplicativo deverá ser lançada até o próximo dia 20. Uma das novidades é um chat que permitirá que os ocupantes das mesas conversem entre si. “Quem estiver na mesa 12 poderá mandar mensagem para a mesa 20, por exemplo, se ambas estiverem usando o aplicativo. Também já estamos avaliando propostas de levar o aplicativo a estabelecimentos de outras cidades”, acrescentou Talles.
Uma nova versão do aplicativo deverá ser lançada até o próximo dia 20. Uma das novidades é um chat que permitirá que os ocupantes das mesas conversem entre si. “Quem estiver na mesa 12 poderá mandar mensagem para a mesa 20, por exemplo, se ambas estiverem usando o aplicativo. Também já estamos avaliando propostas de levar o aplicativo a estabelecimentos de outras cidades”, acrescentou Talles.
Se depender dos sócios, os clientes de bateres e restaurantes nunca mais sentirão a frustração de querer matar a fome e não ser prontamente atendido.
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