Avó diz que menina voltou atrás da desistência de usar branco
Menina foi agredida com pedrada.
(Foto: Reprodução/Facebook) |
A menina de 11 anos que foi agredida com uma pedrada na cabeça ao sair de um culto de candomblé foi hostilizada nesta quarta-feira (17) no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, onde foi para realizar exames de corpo de delito.
A candomblecista foi agredida por dois homens que a chamaram de "macumbeira" e disseram que ela deveria "queimar no inferno".
Segundo o Extra, a menina foi hoje ao IML acompanhada da avó, Kátia Marinho, de 53 anos. Ela falava com a reportagem no telefone quando um homem passou gritando: "A imprensa só dá ibope para macumbeiro e gay!".
"É impressionante. A gente veio para cá de metrô e recebeu muito apoio na rua. No metrô, duas pessoas que disseram ser evangélicas se aproximaram da gente e falaram que não devemos nos abater. Falaram que vão usar branco, para mostrar que não são a favor da intolerância. E agora acontece uma coisa dessas. Mas isso não vai fazer com que eu desista de lutar por justiça. Vamos continuar até o fim", garantiu a avó.
A avó disse que eles esperam que o preconceito diminua, mas que muitas pessoas não conseguem deixar o fanatismo de lado.
"Apesar disso que acabou de acontecer, estamos com esperança de que esse preconceito diminua. Acabar, sabemos que não vai. Mas temos que acreditar que as pessoas vão ver que somos gente do mesmo jeito que elas. Somos todos a mesma coisa, independente do credo", afirma.
Ela disse ainda que a neta chegou a desistir de usar branco para evitar novos ataques, mas voltou atrás, e já usou trajes ligados à sua religião hoje para ir ao IML.
(Foto: Reprodução/Facebook)
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