02/09/2015 - 16h49
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Victor Nikiforov WWF Russia
Cientistas não têm armas ou equipamentos para afugentar os ursos
Cientistas não têm armas ou equipamentos para afugentar os ursos
Os ursos polares estão entre os maiores predadores do mundo e têm, no Ártico, um espaço para vagar livremente.
Mas a presença de cinco desses animais provocou medo nos arredores de uma estação climática na ilha de Vaygach, no extremo norte da Rússia.
Os ursos cercaram a estação e, há quase uma semana, mantêm um grupo de pesquisadores isolado dentro do local.
O governo russo prometeu ajudar a resolver a situação, segundo a ONG ambiental WWF, que acompanha o caso.
"Não é um problema que o urso polar esteja aqui, é o seu território. O problema é que eles (pesquisadores) não têm equipamentos o suficiente para evitar (um ataque) dos ursos", disse à BBC Victor Nikiforov, da WWF.
Os ursos polares, como os que são vistos das janelas da estação, pesam em média 460 quilos e podem chegar a 2,60 metros de comprimento. Além disso, são muito ágeis e podem saltar até 3,65 metros.
O grupo de pesquisa meteorológica consiste em duas irmãs cientistas e um mecânico. Eles interromperam a medição de temperaturas marítimas, que realizavam duas vezes por dia, após verem dois ursos polares brigando por conta de comida.
Os animais estão em busca de alimento em seu habitat natural e não é comum que ataquem humanos. Mas pesquisadores têm registrado um aumento de casos nos últimos anos e acreditam que mudanças climáticas têm forçado esses animais a explorar terras menos remotas.
Os pesquisadores que vivem na estação científica de estudos do clima da ilha de Vaygach não têm armas ou equipamentos que os permita afujentar os animais.
Enquanto isso, só resta aos cientistas esperar por auxílio ou esperar que os ursos desistam do cerco.
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