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domingo, 1 de março de 2015

Conheça a estrela que invadiu o Sistema Solar

Corpo formado por estrela anã vermelha e anã marrom viajou por região no limite de nosso sistema há 70 mil anos, segundo equipe americana

BBC
Uma estrela invasora passou pelo nosso Sistema Solar há apenas 70 mil anos, de acordo com astrônomos.
O objeto, uma anã vermelha conhecida como estrela Scholz, passou pela área externa do Sistema Solar
BBC
O objeto, uma anã vermelha conhecida como estrela Scholz, passou pela área externa do Sistema Solar
Nenhuma outra estrela chegou tão perto de nosso sistema. Os pesquisadores, de uma equipe internacional, dizem que ela chegou a ficar cinco vezes mais perto que nosso vizinho mais próximo, a estrela anã Próxima Centauri.
O objeto, uma anã vermelha conhecida como estrela Scholz, passou pela área externa do Sistema Solar, uma região conhecida como Nuvem Oort.
A estrela Scholz não passou sozinha pelo Sistema Solar, ela veio acompanhada por um objeto conhecido como uma anã marrom - um corpo celeste que não tem a massa necessária para gerar fusão em seus núcleos.
Observações da trajetória da estrela sugerem que há 70 mil anos esta invasora passou a 0,8 ano-luz do Sol. A nossa vizinha mais próxima, a Proxima Centauri, está a 4,2 anos-luz, por exemplo.
A descoberta foi publicada na revista especializada Astrophysical Journal Letters.
Perto
Na pesquisa, os astrônomos liderados por Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, Estados Unidos, afirmaram que têm 98% de certeza de que a estrela Scholz viajou pelo que é conhecido como "Nuvem Oort Externa", uma região no limite do Sistema Solar com trilhões de cometas.
Esta região é como uma "casca" esférica em volta do Sistema Solar e pode se estender até 100 mil Unidades Astronômicas, ou UA (uma UA é a distância entre a Terra e o Sol).
Para determinar a trajetória da estrela, os pesquisadores precisavam de duas informações: a mudança na distância do Sol para a estrela (sua velocidade radial) e o movimento da estrela pelo céu (velocidade tangencial).
A estrela Scholz atualmente está a 20 anos-luz de distância, ou seja, um sistema razoavelmente próximo. Mas, a Scholz demonstrou um movimento tangencial muito lento para uma estrela tão próxima.
Isto indica que ela estaria se distanciando de nosso sistema ou estaria vindo em nossa direção para um encontro próximo com o Sistema Solar no futuro.
As medidas da velocidade radial confirmaram que o sistema estelar binário está, na verdade, se distanciando de nosso sistema. Ao rastrear seus movimentos no passado, os cientistas descobriram a passagem próxima do Sol há 70 mil anos.
'Insignificante'
Uma estrela passando pela Nuvem Oort poderia causar problemas gravitacionais nas órbitas dos cometas daquela região, arremessando-os para trajetórias dentro do nosso Sistema Solar.
Mas, Eric Mamajek acredita que os efeitos da estrela Scholz em nossa vizinhança cósmica foram "insignificantes".
"Existem trilhões de cometas na nuven Oort e há chance de alguns desses terem sido perturbados por este objeto. Mas, até agora, parece que esta estrela não desencadeou uma 'chuva de cometas' mais importante", afirmou o cientista à BBC News.
A estrela Scholz passou relativamente perto, mas o sistema binário (a estrela anã vermelha e sua companheira, a anã marrom) tem pouca massa e estava passando em alta velocidade. Estes fatores combinados contribuíram para que o efeito da passagem da Scholz pela Nuvem Oort fosse pequeno.
Apesar de esta ter sido a passagem mais próxima já detectada de uma estrela rimeira proximidade inédita da passagem desta estrela, Mamajek acredita não ser incomum que estrelas se aproximem de nosso Sol. Ele afirma que uma estrela provavelmente passa nas proximidades da Nuvem Oort aproximadamente a cada 100 mil anos.
Mas ele sugere que uma passagem tão próxima como esta, ou mais próxima ainda, é, de alguma forma, mais rara. Segundo Mamajek, as simulações matemáticas mostram que um evento como o que envolveu a estrela Scholz ocorre, em média, a cada 9 milhões de anos.
"Então, é uma coincidência que nós tenhamos conseguido descobrir uma que passou tão perto nesses últimos 100 mil anos", disse.
Veja fotos de explosões solares:
Esta imagem do Observatório de Dinâmicas Solares da Nasa (SDO) mostra a primeira erupção de radiação, no último domingo. Foto: BBC
Erupção no momento em que o astro libera material da mesma região ainda no início de maio. Foto: BBC
Esta ejeção de massa coronal ocorreu no início do ano. Foto: BBC
Esta ejeção de massa coronal deixou o sol no dia 31 de agosto e chegou à Terra em 3 de setembro de 2012. Foto: BBC
Erupções e ejeções de massa coronal se originam em torno de regiões ativas conhecidas como manchas solares. Foto: BBC
Esta imagem mostra uma proeminência gasosa no dia 31 de agosto de 2012. Foto: BBC
Para criar esta colorida imagem, o SDO tirou pares de imagens de alta resolução com cerca de oito horas de intervalo no dia 4 de dezembro de 2011. Foto: BBC
Esta imagem do Observatório de Dinâmicas Solares da Nasa (SDO) mostra a primeira erupção de radiação, no último domingo. Foto: BBC
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