De acordo com a Mercedes, a maior parte dos proprietários enxergam as picapes médias como automóveis
A categoria de picapes médias ganhará um nome de peso nos próximos anos. A Mercedes-Benz prepara o lançamento de uma inédita picape média, que deve ser fabricada no Brasil.
Além da possibilidade de ser a primeira marca de luxo a trazer uma picape em seu portfólio, o lançamento deste utilitário pode ser mais uma contribuição para buscar o primeiro lugar do segmento de marcas de luxo, superando Audi e a atual líder BMW.
Pode soar estranho apostar em um tipo de veículo mais voltado para o trabalho do que o lazer, mas a Mercedes-Benz acredita que pode repetir o exemplo bem-sucedido nos SUVs. Quando a marca entrou no segmento com o Classe ML há quase duas décadas, nenhuma marca de luxo havia pensado em produzir utilitários esportivos.
Muita coisa mudou desde então, atraindo as fabricantes de automóveis de luxo para este lucrativo filão - até as marcas de alto requinte, como Bentley, Lamborghini e talvez até a Rolls-Royce, estão prestes a entrar no clube dos SUVs.
De acordo com a Mercedes, um estudo recente indica que apenas de 20% a 30% dos clientes usam picapes médias para transporte de cargas, enquanto 50% fazem uso misto e outros 30% apenas as utilizam na cidade. Ou seja, a maior parte dos proprietários enxergam as picapes médias como automóveis de passeio.
Além disso, a picape seria uma oportunidade mais do que interessante para ampliar sua participação em outros mercados, como fez a Daimler com suas vans comerciais - a nova Sprinter se tornou um produto global, assim como as vans Vito e Citan. Os mercados principais para este novo produto seriam América Latina, Austrália, África do Sul e Europa.
No entanto, ainda não há decisão sobre sua comercialização nos Estados Unidos, onde as picapes de grande porte dominam as ruas - apenas no ano passado, foram vendidos 2 milhões de veículos deste tipo no país. Para ser ter uma ideia, o veículo mais comercializado dos EUA é a Ford F-150 há quase quatro décadas.
Então porque a Mercedes-Benz não estaria disposta a entrar nessa briga? Além da clara dominação de General Motors, Ford e Chrysler neste segmento, o índice de fidelidade do cliente de picapes nos Estados Unidos é o mais alto do mercado - ou seja, roubar compradores da "Big Three" seria um esforço grande demais para um produto feito para agradar (e vender) os quatro cantos do planeta.
Analisando os concorrentes diretos da futura picape Mercedes, acabamos chegando em um produto feito por outra montadora alemã, pioneira na fórmula de combinar recursos de automóveis de passeio numa picape média: a Amarok. Apesar de a Ford ter seguido esta receita com a Ranger, a representante da Volkswagen é que mais se aproxima ao projeto da Mercedes-Benz.
Basta analisar o perfil do comprador de uma Amarok (e da maioria dos clientes de picapes médias nos centros urbanos), formado por empresários que preferem este tipo de veículo pela sensação de proteção proporcionada pelo porte imponente, sem contar a resistência às vias mal-conservadas dos países em desenvolvimento como o Brasil. E o status de dirigir uma picape, é claro.
Informações confidenciais de um relatório a que tivemos acesso indicam que os primeiros esboços de uma picape com a marca da estrela de três pontas nasceram no fim de 2013. O projeto foi aprovado há alguns anos, mas é pouco provável que ela chegue às concessionárias antes do fim de 2017.
O veículo será construído sob um chassi tubular apto inclusive para o uso off-road - e desenvolvido exclusivamente para a picape. A equipe de engenheiros da marca enfrentará dois grandes desafios: lançar um novo projeto respeitando a economia de custos (ou seja, com componentes que possam ser aproveitados em outros modelos da marca) e entregar as mesmas sensações de requinte e segurança presentes nos carros da Mercedes-Benz.
A estratégia de versões será a mesma das vans da marca, que possuem versões para uso comercial e de passageiros. Haverá motores a diesel e a gasolina, com quatro e seis cilindros, e transmissões manuais e automáticas. Inicialmente a picape será lançada com carroceria de cabine dupla, sendo que uma opção com cabine simples está sendo estudada.
Propostas de design foram enviadas dos EUA, Ásia e Alemanha, sendo que a sugestão alemã foi escolhida. O esboço que ilustra esta nota não esconde a semelhança com os últimos lançamentos da marca, como o GLE Coupé. Quatro Rodas teve acesso a outro documento interno que mostra a traseira da picape com lanternas finas, priorizando o fácil acesso à caçamba - que terá para-choque removível para facilitar o embarque de cargas grandes.
Por ser um produto global, a picape não será fabricada em apenas uma planta. A picape pode ser fabricada nas linhas de montagem da Espanha (na cidade de Vitória) e do Brasil, onde a picape sairia da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), atualmente responsável pela produção de caminhões e chassis de veículos pesados. A empresa estuda uma terceira localização, que abasteceria os demais mercados.
Além da possibilidade de ser a primeira marca de luxo a trazer uma picape em seu portfólio, o lançamento deste utilitário pode ser mais uma contribuição para buscar o primeiro lugar do segmento de marcas de luxo, superando Audi e a atual líder BMW.
Pode soar estranho apostar em um tipo de veículo mais voltado para o trabalho do que o lazer, mas a Mercedes-Benz acredita que pode repetir o exemplo bem-sucedido nos SUVs. Quando a marca entrou no segmento com o Classe ML há quase duas décadas, nenhuma marca de luxo havia pensado em produzir utilitários esportivos.
Muita coisa mudou desde então, atraindo as fabricantes de automóveis de luxo para este lucrativo filão - até as marcas de alto requinte, como Bentley, Lamborghini e talvez até a Rolls-Royce, estão prestes a entrar no clube dos SUVs.
De acordo com a Mercedes, um estudo recente indica que apenas de 20% a 30% dos clientes usam picapes médias para transporte de cargas, enquanto 50% fazem uso misto e outros 30% apenas as utilizam na cidade. Ou seja, a maior parte dos proprietários enxergam as picapes médias como automóveis de passeio.
Além disso, a picape seria uma oportunidade mais do que interessante para ampliar sua participação em outros mercados, como fez a Daimler com suas vans comerciais - a nova Sprinter se tornou um produto global, assim como as vans Vito e Citan. Os mercados principais para este novo produto seriam América Latina, Austrália, África do Sul e Europa.
No entanto, ainda não há decisão sobre sua comercialização nos Estados Unidos, onde as picapes de grande porte dominam as ruas - apenas no ano passado, foram vendidos 2 milhões de veículos deste tipo no país. Para ser ter uma ideia, o veículo mais comercializado dos EUA é a Ford F-150 há quase quatro décadas.
Então porque a Mercedes-Benz não estaria disposta a entrar nessa briga? Além da clara dominação de General Motors, Ford e Chrysler neste segmento, o índice de fidelidade do cliente de picapes nos Estados Unidos é o mais alto do mercado - ou seja, roubar compradores da "Big Three" seria um esforço grande demais para um produto feito para agradar (e vender) os quatro cantos do planeta.
Analisando os concorrentes diretos da futura picape Mercedes, acabamos chegando em um produto feito por outra montadora alemã, pioneira na fórmula de combinar recursos de automóveis de passeio numa picape média: a Amarok. Apesar de a Ford ter seguido esta receita com a Ranger, a representante da Volkswagen é que mais se aproxima ao projeto da Mercedes-Benz.
Basta analisar o perfil do comprador de uma Amarok (e da maioria dos clientes de picapes médias nos centros urbanos), formado por empresários que preferem este tipo de veículo pela sensação de proteção proporcionada pelo porte imponente, sem contar a resistência às vias mal-conservadas dos países em desenvolvimento como o Brasil. E o status de dirigir uma picape, é claro.
Informações confidenciais de um relatório a que tivemos acesso indicam que os primeiros esboços de uma picape com a marca da estrela de três pontas nasceram no fim de 2013. O projeto foi aprovado há alguns anos, mas é pouco provável que ela chegue às concessionárias antes do fim de 2017.
O veículo será construído sob um chassi tubular apto inclusive para o uso off-road - e desenvolvido exclusivamente para a picape. A equipe de engenheiros da marca enfrentará dois grandes desafios: lançar um novo projeto respeitando a economia de custos (ou seja, com componentes que possam ser aproveitados em outros modelos da marca) e entregar as mesmas sensações de requinte e segurança presentes nos carros da Mercedes-Benz.
A estratégia de versões será a mesma das vans da marca, que possuem versões para uso comercial e de passageiros. Haverá motores a diesel e a gasolina, com quatro e seis cilindros, e transmissões manuais e automáticas. Inicialmente a picape será lançada com carroceria de cabine dupla, sendo que uma opção com cabine simples está sendo estudada.
Propostas de design foram enviadas dos EUA, Ásia e Alemanha, sendo que a sugestão alemã foi escolhida. O esboço que ilustra esta nota não esconde a semelhança com os últimos lançamentos da marca, como o GLE Coupé. Quatro Rodas teve acesso a outro documento interno que mostra a traseira da picape com lanternas finas, priorizando o fácil acesso à caçamba - que terá para-choque removível para facilitar o embarque de cargas grandes.
Por ser um produto global, a picape não será fabricada em apenas uma planta. A picape pode ser fabricada nas linhas de montagem da Espanha (na cidade de Vitória) e do Brasil, onde a picape sairia da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), atualmente responsável pela produção de caminhões e chassis de veículos pesados. A empresa estuda uma terceira localização, que abasteceria os demais mercados.
Fonte: Com informações do Exame.com
Publicado Por: Maycon Carlos
Publicado Por: Maycon Carlos
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