SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A direita consagrou-se vencedora no
primeiro turno das eleições departamentais da França deste domingo (22),
desferindo um duro golpe no Partido Socialista, do presidente François
Hollande. De acordo com número preliminares, 31% dos votos foram para a
coalizão formada pela UDI e UMP, sigla do ex-presidente Nicolás Sarkozy.
A ultra direitista Frente Nacional, de Marine Le Pen, conquistou 26,3%.
O PS, apenas 21,4%. O resultado pode ser o prenúncio de uma alternância
do partido no poder nas eleições presidenciais de 2017.
O segundo turno ocorrerá no próximo domingo, dia 29. Logo após a divulgação dos primeiros resultados, o premiê Manuel Valls comemorou o fato de a extrema direita não ter conquistado o primeiro lugar, como algumas pesquisas de opinião indicavam, e pediu união contra a FN no próximo domingo. Já Nicolás Sarkozy disse que o resultado mostra o desejo dos franceses de uma mudança de rumo no país. A participação nas urnas surpreendeu: segundo o jornal "Le Point", 51% dos franceses votaram, um número considerado alto. Em 2011, a presença nas eleições departamentais foi de 45%.
MODELO INÉDITO
As eleições departamentais deste ano trouxeram mudanças estruturais complexas. Agora, os franceses devem eleger uma dupla de conselheiros para cada cantão - formada por um homem e uma mulher - para um mandato de seis anos. O objetivo é dar paridade de gênero aos conselhos departamentais. Antes, o eleitor apenas escolhia um representante por cantão, e a presença de mulheres nesses espaços era de apenas 14 %. Para contrabalançar o aumento do número de representantes eleitos, a quantidade de cantões foi reduzida.
O cantão é uma divisão administrativa criada no século 18, com a Revolução, e que vinha aumentando nos últimos anos devido à crescente urbanização do território. Em 2014, o país possuía 4.030 cantões, às vezes com grandes disparidades populacionais: alguns representavam apenas mil habitantes, outros mais de 50 mil. Agora, cada cantão deve representar obrigatoriamente de 35 mil a 55 mil habitantes. Com isso, o número de cantões diminuiu para 2.054.
O segundo turno ocorrerá no próximo domingo, dia 29. Logo após a divulgação dos primeiros resultados, o premiê Manuel Valls comemorou o fato de a extrema direita não ter conquistado o primeiro lugar, como algumas pesquisas de opinião indicavam, e pediu união contra a FN no próximo domingo. Já Nicolás Sarkozy disse que o resultado mostra o desejo dos franceses de uma mudança de rumo no país. A participação nas urnas surpreendeu: segundo o jornal "Le Point", 51% dos franceses votaram, um número considerado alto. Em 2011, a presença nas eleições departamentais foi de 45%.
MODELO INÉDITO
As eleições departamentais deste ano trouxeram mudanças estruturais complexas. Agora, os franceses devem eleger uma dupla de conselheiros para cada cantão - formada por um homem e uma mulher - para um mandato de seis anos. O objetivo é dar paridade de gênero aos conselhos departamentais. Antes, o eleitor apenas escolhia um representante por cantão, e a presença de mulheres nesses espaços era de apenas 14 %. Para contrabalançar o aumento do número de representantes eleitos, a quantidade de cantões foi reduzida.
O cantão é uma divisão administrativa criada no século 18, com a Revolução, e que vinha aumentando nos últimos anos devido à crescente urbanização do território. Em 2014, o país possuía 4.030 cantões, às vezes com grandes disparidades populacionais: alguns representavam apenas mil habitantes, outros mais de 50 mil. Agora, cada cantão deve representar obrigatoriamente de 35 mil a 55 mil habitantes. Com isso, o número de cantões diminuiu para 2.054.
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