Alunos foram atacados nos dormitórios. Segundo porta-voz do grupo terrorista Al-Shabab, muçulmanos foram soltos e cristãos, executados ou feitos reféns.
O grupo terrorista Al-Shabab invadiu o campus de uma universidade do Quênia. No total, 147 pessoas morreram e outras 79 ficaram feridas. Depois de matar dois policiais que estavam de vigia, os terroristas invadiram a universidade e atacaram os alunos nos dormitórios.
"Ouvimos alguns tiros, por volta das 5h. Quatro ou cinco alunos pularam da cama e saíram correndo para salvar suas vidas", conta um homem.
Segundo o porta-voz do grupo terrorista, eles separaram os alunos: os muçulmanos foram soltos e os cristãos, executados ou feitos reféns.
O Quênia está localizado no leste da África. A Universidade Garissa fica perto da fronteira com a Somália, onde surgiu o grupo Al-Shabaab, que há três anos se ligou à rede terrorista Al-Qaeda. O Al-Shabaab diz que está em guerra contra o Quênia porque tropas quenianas estão combatendo os terroristas no território da Somália.
O maior ataque no Quênia tinha acontecido em 2013, quando o grupo invadiu um shopping center na capital, Nairóbi, e matou 68 pessoas. Um número superado nesta quinta-feira (2). A universidade passou o dia cercada pela polícia e houve um intenso tiroteio. Os policiais mataram os quatro terroristas e libertaram mais de 500 alunos. Segundo os policiais, havia muitos corpos de cristãos na universidade.
O governo queniano ofereceu uma recompensa equivalente a quase R$ 700 mil por Mohamed Mohamud, que estaria por trás do ataque. A polícia decretou toque de recolher durante a noite em alguns locais temendo novos atentados. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que ele condenou o ataque e reiterou o apoio aos países da região no esforço para prevenir e conter o terrorismo.
Assim como o Estado Islâmico, o Al-Shabaab também recruta jovens de países vizinhos, europeus e Estados Unidos. O Conselho de Segurança da ONU estima que 25 mil jovens de, no mínimo, 100 países já se juntaram aos extremistas islâmicos. E esse número aumenta rapidamente: somente entre a metade do ano passado e março deste ano houve um crescimento de 71%.
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