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segunda-feira, 16 de março de 2015

Duque deixa sede da PF rumo ao Galeão para seguir para Curitiba


DILMA É CONTRA A CORRUPÇÃO; POIS LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA.

Renato Duque deixa a sede da PF na Zona Portuária do Rio (Foto: Cristina Boeckel/G1)Renato Duque deixa a sede da PF na Zona Portuária do Rio (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Renato Duque (c), ex-diretor da   Petrobras, preso na Polícia Federal, no   centro do Rio de Janeiro, nesta tarde   de segunda-feira (16). No despacho em   que mandou prender preventivamente   Renato Duque, o juiz federal Sérgio   Moro, que conduz todas a (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)Renato Duque (c), na Superintendência da PF no Rio
(Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque, deixou a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Zona Portuária, por volta das 15h desta segunda-feira (16), rumo ao Aeroporto Internacional de onde embarcará num voo de carreira para Curitiba no Paraná, onde é julgado o processo dos envolvidos na Operação Lava Jato. Ele foi preso nesta segunda-feira (16) no Rio de Janeiro, na décima fase da operação, acusado nesta etapa de ter movimentado 20 milhões de euros no exterior.

Entre os crimes investigados nesta etapa estão associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação.
Duque foi preso na casa dele, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) informou ter apreendido 131 obras de arte na residência do ex-diretor da estatal.
O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do Cachoeira, e Lucélio Góes – filho de Mário Góes, um dos suspeitos de intermediar a propina paga pela empresa catarinense Arxo – também foram detidos. As três prisões são preventivas.
O advogado Alexandre Lopes, que defende Duque, considerou a prisão ilegal e negou que movimentação de valores no exterior.
"Essa prisão desafia um tribunal superior. Ele não está acusado formalmente para antecipar uma pena sem processo. A prisão não tem fundamento concreto," afirmou o advogado.
Segundo Lopes, Renato Duque nega que tenha movimentado 20 milhões de euros fora do país. Ele afirma também que foram apreendidos na casa de Duque bens pessoais, que não estão relacionados ao processo. O advogado esteve com o ex-diretor da Petrobras por 40 minutos na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária.
"Eles levaram documentos, quadros, canetas, relógios e outros bens que ele acumulou ao longo da vida, que nada têm a ver com a Petrobras", disse o advogado, explicando ainda que Duque não resistiu à prisão e estava acompanhado pela família quando foi preso.
Alexandre Lopes, advogado de Renato Duque (Foto: Cristina Boeckel/G1)Alexandre Lopes, advogado de Renato Duque
(Foto: Cristina Boeckel/G1)
Lopes também afirmou que não teve acesso aos documentos nos quais se baseavam a prisão.
"Não tive acesso aos documentos que baseiam a prisão preventiva. Vamos pedir um habeas corpus na 4ª turma do Tribunal Regional Federal", disse.
O advogado acredita que a prisão do seu cliente se deve a questões políticas.
"Essa prisão tem que ser recebida com reserva. Não posso acreditar que uma guerra política seja responsável pela prisão",
Alexandre Lopes afirmou ainda que o seu cliente deve fazer exame de corpo de delito apenas em Curitiba, no Paraná, para onde deve ser transferido ainda nesta segunda (16).
Outros detidos
O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do Cachoeira, e Lucélio Góes, filho de Mário Góes, um dos suspeitos de intermediar a propina paga pela empresa catarinense Arxo – também foram detidos. As três prisões são preventivas – ou seja, não têm prazo determinado.
No início da tarde, o advogado James Walker Junior, que defende Lucélio Góes,disse que seu cliente ficou surpreso com a prisão.
Renato Duque chega à sede da PF no Rio (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Renato Duque chega à sede da PF no Rio de Janeiro (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
"Neste momento ele não tem nada a dizer, foi pego de surpresa. No nosso entendimento, ele foi preso por ser filho do Mario Góes, que está preso em Curitiba. Vamos tomar todas as medidas necessárias para reverter esse quadro de prisão", disse o advogado.
Também foram expedidos três mandados de prisão temporária contra Sueli Maria Branco, que segundo a PF já faleceu, e contra Sônia Marisa Branco e Dario Teixeira Alves. Ao todo, a Justiça Federal do Paraná expediu 18 mandados nesta nova etapa da operação policial.
Transferência
De acordo com PF no Paraná, Renato Duque será transferido do Rio para Curitiba, às 17h, em um voo de carreira. A previsão é de que ele desembarque na capital paranaense por volta das 19h. Os suspeitos presos em São Paulo serão deslocados para o Paraná de carro e devem chegar no final da tarde.
O juiz Sérgio Moro apresentou em sen despacho os motivos que o levaram a mandar prender Duque novamente. Segundo o juiz federal, o Ministério Público descobriu que o ex-diretor da Petrobras continuou lavando dinheiro mesmo depois da deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014.
O magistrado afirmou na decisão que Duque "esvaziou" suas contas na Suíça e enviou 20 milhões de euros para contas secretas no principado de Mônaco. O dinheiro, que não havia sido declarado à Receita Federal, acabou bloqueado pelas autoridades do país europeu.
Ainda de acordo com o juiz, há indícios de que Duque mantém outras contas correntes nos Estados Unidos e em Hong Kong.
Nova fase da Lava Jato
A PF cumpre 18 mandados desde as 6h desta segunda-feira no Rio de Janeiro e em São Paulo na nova fase da Lava Jato. São três mandados de prisão preventiva e outros três de prisão temporária, além de 12 mandados de busca e apreensão. Todos os presos devem ser levados para o Paraná.
Em janeiro um documento foi enviado pelo procurador Rodrigo Janot ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a revogação do habeas corpus de Duque. O ex-diretor havia sido preso durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em dezembro, mas conseguiu um alvará de soltura dias depois. Janot considerava que Duque poderia fugir do país.
A décima fase da operação foi batizada de "Que país é esse?" e conta com 40 policiais federais. O nome é uma referência irônica a Duque que, segundo a PF, ao ser preso pela primeira vez, questionou por telefone seu advogado, indignado com a ordem judicial, "que país é esse?".
De acordo com o advogado James Walker Junior, Lucelio Goisestá preso na Superintendência da PF (Foto: Matheus Rodrigues/G1)James Walker Junior defende Lucélio Góes, preso
na operação (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Propina
O ex-diretor da estatal foi citado por dois delatores da Lava Jato como um dos funcionários da Petrobras que recebiam propinas de empresas que firmavam contratos com a petroleira.O nome dele aparece em depoimentos de Paulo Roberto Costa e de Pedro Barusco, que era gerente de Serviços e subordinado de Duque na estatal. O doleiro Alberto Youssef também citou o nome de Duque em depoimentos referentes aos desvios da Petrobras.

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