Escritor tinha 83 anos e venceu o prêmio em 2011; obra deve ser lançada no Brasil este ano
O poeta sueco Tomas Tranströmer, ganhador do Nobel de Literatura de 2011, morreu aos 83 anos, informou sua editora, Bonniers, nesta sexta-feira (27). De acordo com a porta-voz da companhia, Anna Tillgren, o autor morreu na quinta-feira (26), após uma "breve doença".
Quando escolheu dar o Nobel a Tranströmer, a Academia Sueca justificou dizendo que o autor "nos dá novo acesso à realidade por meio de imagens condensadas e translúcidas".
O poeta sueco Tomas Tranströmer (06/10/2011)
Tranströmer nasceu no dia 15 de abril de 1931 em Estocolmo, capital da Suécia, filho de um jornalista e de uma professora. Começou a escrever com 13 anos.
Sua primeira coletânea de poesias publicadas na Suécia foi "17 Dikter" ("17 poemas", em tradução livre), em 1954. Estudou literatura, história da religião e psicologia na Universidade de Estocolmo, onde se formou em 1956. Se casou com Monika Bladh em 1958.
A poesia de Tranströmer traz características de movimentos artísticos como o Modernismo e o Surrealismo. Sua obra é marcada pelo interesse pela natureza e a música.
Em 1987, o poeta norte-americano Robert Bly, amigo de Tranströmer, traduziu todo seu trabalho para o inglês, no livro "New Collected Poems", lançado na Inglaterra. Em 1997 e em 2011, a edição foi revista e atualizada.
Sua obra foi traduzida para mais de 50 línguas, mas Tranströmer não possui nenhum trabalho em catálogo no Brasil, exceto "Poemas haikai", cujos versos estão no volume 25 da coleção "Poesia Sempre", publicada pela Fundação Biblioteca Nacional.
A Companhia das Letras prevê o lançamento de "Pequenos Telegramas Pálidos do Mundo" para este ano. Além da mulher, Monika, o autor deixa as filhas Emma and Paula.
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