São Paulo – Liberais, intervencionistas, empresários, estudantes. O perfil dos grupos que lideram os protestoscontra o governo previstos para este domingo é diverso. Até mesmo o impeachment da presidente Dilma Rousseff  não é um ponto de consenso entre os movimentos. Dos três principais grupos, um - o Vem pra Rua - não defende a proposta.

Além dos três movimentos listados nesta reportagem, outros - incluindo grupos que defendem uma intervenção militar no país - também estarão nas manifestações deste domingo.

Em comum, está o fato de que eles usam as redes sociais para propagar suas ideias e a oposição ao governo Dilma. Dos três principais, todos negam envolvimento com qualquer partido político. 


Veja as principais bandeiras dos três principais movimentos: 


 Movimento Vem Pra Rua 
Dos três principais movimentos que estão por trás dos protestos de domingo, o Movimento Vem Pra Rua é o único que, por enquanto, não defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“O impeachment é um processo político e jurídico. Se você não tiver uma tese política que seja provada pelo STF e pela Constituição, você não consegue continuar o processo”, afirma o consultor Rogério Chequer, porta-voz do movimento.

Cerca de 450 pessoas estão envolvidas diretamente com o movimento em todo o Brasil, de acordo com Chequer. O grupo também não apoia a intervenção militar. O grupo defende a redução do tamanho do estado, independência dos três poderes, ética na política, reconhecimento dos crimes nas estatais.

Como se financia: Doações de membros e conhecidos.

Quanto vai gastar com as manifestações do dia 15: só em São Paulo, serão 10 mil reais.

Movimento Brasil Livre
De orientação liberal, o Movimento Brasil Livre é liderado majoritariamente por jovens na casa dos 20 anos que se uniram para organizar os protestos de novembro passado. Para o grupo, o Brasil, hoje, não vive uma democracia. 

“Quando você desvia dinheiro público para parlamentares para submeter o legislativo ao executivo, você acaba com a República”, afirma Kim Kataguiri.

Nos próximos dias, os líderes do movimento pretendem entregar um pedido formal de impeachment ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Ainda que a Dilma não esteja envolvida, só o fato de existir um esquema dessa magnitude, já caracteriza omissão”, afirma.

Ao todo, o MBL tem 500 coordenadores em todo o Brasil que defendem um Estado mínimo, separação dos três poderes, fim dos subsídios diretos e indiretos para Ditaduras.

Como se financia: Doações de membros e conhecidos.

Quanto vai gastar com as manifestações do dia 15: só em São Paulo, serão 10 mil reais.